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Por que o Deutsche Bank se preocupa com a eleição de Donald Trump

Stefan Simon, CEO Americas do Deutsche Bank, falou sobre as eleições nos EUA na Bloomberg New Economy

Por que o Deutsche Bank se preocupa com a eleição de Donald Trump
Fachada do Deutsche Bank: banco é o maior credor da Americanas

Stefan Simon, CEO das Américas e membro do Conselho de Administração do Deutsche Bank, participou nesta quarta-feira (23) do Bloomberg New Economy, evento que reúne grandes executivos e autoridades para debater desafios relacionados ao desenvolvimento econômico global. No painel “A Economia do Neopopulismo”, o executivo do banco alemão comentou os cenários para as eleições nos EUA, cuja votação ocorrerá em novembro.

“Na administração de Kamala Harris, veríamos uma continuação de políticas de Joe Biden (atual presidente). Na administração Donald Trump, não precisa ser um gênio para prever que boa parte do que ele afirma hoje será feito, em especial as barreiras comerciais. Como alemães, vemos isso com certa ansiedade”, afirma Simon.

Posicionamento neutro em xeque e pessimismo brasileiro

O CEO também aponta que o posicionamento neutro dos países latinoamericanos, como o Brasil, em relação a questões geopolíticas não é sustentável. “Vão precisar tomar decisões”, diz Simon, que dividiu o painel com Arminio Fraga, fundador da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central (BC).

Para Fraga, o País de fato não deve conseguir se manter neutro por muito tempo – mas isso não significa fechar portas para o comércio. “Temos que ter claramente na nossa cabeça que somos um país ocidental. Entretanto, acredito que somos um parceiro comercial multilateral”, disse o fundador da Gávea.

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No final, perguntado sobre o que leva os brasileiros são tão negativos com o Brasil, Fraga relembra os mais de quatro décadas de crescimento baixo e o prêmio de juros de 6,5% acima da inflação. “É um problema que precisamos abordar”, diz. “ Mas tem fatores que dão esperança, temos espaço para melhoria em toda a parte. É muito bom também ver os jovens se envolvendo em política, do jeito certo.”

Já Simons aponta que o banco alemão tem visão positiva para a América Latina. “Nacionalmente as pessoas são mais negativas do que os estrangeiros. Esperamos que o Brasil conquiste ainda mais do seu potencial”, conclui após comentar das eleições nos EUA.