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Educação Financeira

Como saber se o CDB do meu banco é seguro?

CDB conta com proteção do FGC, mas saúde financeira do emissor deve ser avaliada; quanto maior a taxa, mais risco

Como saber se o CDB do meu banco é seguro?
No geral, CDBs com taxas maiores são mais arriscados. Foto: Adobe Stock

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são um dos investimentos mais populares do País. O volume investido nesses ativos de renda fixa chega a R$ 2,3 trilhões, mais de duas vezes o valor alocado na poupança. Disponibilidade em todos os bancos e corretoras, previsibilidade de retorno e ganhos um pouco mais elevado do que outros ativos fazem os CDBs serem muito recomendados por especialistas a praticamente todos os tipos de perfil de investidor. Mas isso não significa que não haja riscos atrelados ao produto.

Por serem ativos emitidos por instituições privadas, os CDBs têm risco de crédito. Na prática, ao emprestar seu dinheiro a um banco, o investidor fica exposto ao risco de aquele emissor ter problemas para honrar suas obrigações financeiras e acabar dando o calote.

É por isso que instituições menores, mais frágeis que os bancões tradicionais, tendem a oferecer produtos com rentabilidade e condições mais atrativas, na tentativa de se estabelecer como players competitivos. CDBs de bancos pequenos são negociados a taxas até 140% do CDI, enquanto títulos de grandes bancos costuma operar com uma rentabilidade perto de 100% do CDI.

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Esta reportagem do Estadão mostra que o próprio Banco Central está acompanhando com cautela a avalanche de emissões de CDBs de bancos pequenos. Leia com detalhes aqui.

Como saber se um CDB é seguro?

Antes de investir em um CDB, o investidor precisa se atentar a alguns detalhes: tipo de indexador, prazo de vencimento e saúde financeira da instituição emissora costumam ser os principais. No geral, quanto maior a taxa oferecida maior é o risco daquela instituição emissora.

A recomendação é não ultrapassar o limite de R$ 250 mil que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) oferece em cada instituição financeira, com cobertura máxima de R$ 1 milhão por CPF. Assim, em caso de insolvência do emissor, o investidor recebe de volta o valor aplicado.

Mas há riscos que essa proteção não soluciona totalmente. No caso da quebra de um banco, o processo de recuperação dos investimentos não é imediato, podendo levar até meses, um período de estresse em que não haverá rendimento. Por isso, antes de apostar todas as fichas na cobertura do FGC, é preciso estar atento à saúde financeira da instituição emissora do CDB.

Qual a margem naquela diferença de juros pagos e captados, como está a evolução de suas despesas e sua margem líquida (receita menos seus custos) e qual a evolução de seu lucro líquido ao longo dos anos. Ainda há as questões relacionadas ao grau de exposição a risco do capital proprietário do banco, o chamado Índice de Basileia (medida regulatória destinada a garantir a solidez financeira das instituições bancárias).

Não é uma análise simples para o investidor pessoa física destrinchar por conta própria. Por isso, observar as nota de crédito emitidas pelas agências de rating, como Fitch Ratings, Moody’s e Standard & Poor’s (S&P), pode ser um bom indicador. Essas informações ficam disponíveis no site das agências e, em alguns casos, são divulgadas pelos próprios bancos em seus sites de “Relações com Investidores” (RI). Há ainda outras plataformas, como o site Banco Data, que ajuda investidores de renda fixa a conhecer melhor a saúde financeira das instituições bancárias por trás daquele CDB.

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