O dólar recuou contra as principais moedas desenvolvidas nesta segunda-feira (4) e caiu de volta à faixa dos 20 pesos mexicanos, na véspera da eleição dos Estados Unidos, conforme investidores pisam no freio com o “Trump Trade”, visto que o resultado do pleito da maior economia do planeta ainda parece incerto.
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Perto do fechamento de Nova York, o dólar recuava a 152,17 ienes; a libra subia a US$ 1,2959, o euro se fortalecia a US$ 1,0879; e o dólar caía a 20,1918 pesos mexicanos. O índice DXY, que mede a força do dólar contra rivais fortes, caiu 0,38%, aos 103,885 pontos.
Neste fim de semana, uma pesquisa da De Moines Register com a Mediacon colocou Kamala Harris à frente de Donald Trump em Iowa, estado considerado republicano na maioria das consultas de intenção de voto. Embora o colégio eleitoral de Iowa conceda apenas seis delegados para o vencedor, traders identificaram que as cadeiras podem ser decisivas para uma vitória democrata.
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Faltando um dia para a eleição, o monitoramento do Real Clear Polling – que faz uma média de uma série de pesquisas de intenção de voto – dizia que Harris e Trump estão empatados em probabilidade de vitória, na eleição mais disputada da história segundo a plataforma. As últimas pesquisas computadas pelo monitoramento registraram uma recuperação de Harris.
Segundo Gabriela Joubert, estrategista-chefe do Banco Inter, há expectativas de que uma vitória de Trump seja mais inflacionista para os mercados, dados os planos do republicano para tributar importações. Mesmo que ela duvide da capacidade do candidato de executar suas promessas, Joubert diz que é possível que a inflação seja mais elevada sob a gestão do ex-presidente. Esta visão, compartilhada pelos mercados, vinha dando suporte para o dólar e para os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) na última semana, mas hoje permitiu uma correção, com o alívio das expectativas sobre a vitória de Trump.
Contra o euro, o dólar recuou com um pouco mais de ímpeto, também após as leituras finais dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) industriais de Alemanha e Zona do Euro, que ficaram acima da prévia e apontaram para uma recuperação um pouco mais forte do que a esperada inicialmente.