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Eleições nos EUA: CEO do Itaú (ITUB4) diz qual candidato será melhor para a Bolsa brasileira

Além da eleição americana, o executivo comentou que o mercado aguarda o anúncio de corte de gastos por parte do governo

Eleições nos EUA: CEO do Itaú (ITUB4) diz qual candidato será melhor para a Bolsa brasileira
Executivo fala sobre os impactos das eleições dos EUA de 2024 na Bolsa e no Itaú (Foto: Itaú/Divulgação)

O mercado tem precificado que uma vitória de Kamala Harris pode ser melhor para a Bolsa de Valores brasileira, disse o CEO do Itaú (ITUB4), Milton Maluhy Filho, em entrevista coletiva nesta terça-feira (5). A fala aconteceu após o executivo ser questionado sobre os impactos das eleições nos EUA de 2024 no mercado e na própria companhia.

Maluhy Filho comentou que a Bolsa de Valores está muito volátil nos últimos dias, devido à eleição americana e ao pacote de corte de gastos do governo federal. Segundo ele, o cenário pode ficar mais definido após o término da eleição americana, visto que a incerteza traz essa grande volatilidade. Segundo ele, está difícil encontrar um precificação mais clara, parece um cenário muito empatado e mais próximo.

“O mercado reagiu que se for a Kamala Harris pode ser melhor para a Bolsa. Isso porque uma vitória de Donald Trump deixa o dólar mais elevado, causando uma desvalorização das moedas emergentes, principalmente do real. Isso pode fazer com que tenhamos pressão sobre inflação e juros, podendo não ter tão atrativo para a Bolsa”, aponta Maluhy Filho.

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O executivo também comentou que o mercado aguarda o anúncio de corte de gastos por parte do governo para cumprir as metas do arcabouço fiscal. Segundo ele, exige uma grande expectativa sobre qual será o tamanho do ajuste. “Todos estão muito dedicados. Existe, sim, essa mobilização para deixar a questão fiscal no trilho por parte do governo”, explicou o CEO do Itaú. Sendo assim, o executivo estima que o mercado tende a ficar volátil até que esses pontos sejam definidos.

Qual o impacto sobre as eleições dos EUA sobre o Itaú?

De fato, o executivo comentou que a vitória de Donald Trump pode causar uma disparada do dólar ante real e piorar os indicadores de inflação e puxar os juros. De modo geral, isso pode impactar a inadimplência e elevar provisões e reduzir o lucro do banco. No entanto, o CEO do Itaú comenta que está confortável com esse cenário.

Segundo o executivo, já faz mais de dois anos que o Itaú está com empréstimos sadios, gerando a baixa inadimplência em sua carteira de crédito. Ele afirmou que os modelos de negócio do banco estão ajustados para cenários de maior volatilidade de ciclos mais intensos de alta de juros. Por isso, a empresa continua bastante confortável com a qualidade do crescimento que o banco tem em relação as diversas linhas de negócios.

“Naturalmente sempre com o dedo no pulso e acompanhando. A palavra de ordem atual é tempestividade, a capacidade de reagir rápido a mudanças de cenário. Acho que é isso que fez com que a gente navegasse tão bem ao longo dos últimos anos. Antecipamos movimentos e cenários para tomar as decisões, sempre olhando para resultados sustentáveis em ciclos mais longos”, explicou o CEO do Itaú após comentar sobre o cenário macroeconômico e as eleições nos EUA de 2024.