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Mercado financeiro hoje: vitória de Donald Trump nos EUA, dólar, reunião do Copom e mais 3 assuntos de uma quarta-feira quente para o investidor

O retorno do republicano à Casa Branca reflete no dólar, petróleo e mercados internacionais. Confira

Mercado financeiro hoje: vitória de Donald Trump nos EUA, dólar, reunião do Copom e mais 3 assuntos de uma quarta-feira quente para o investidor
Donald Trump, eleito para um novo mandato nos EUA. (Imagem: Alan Santos /PR)

A agenda econômica desta quarta-feira (6) tende a ser ofuscada pelo retorno de Donald Trump à Casa Branca. O destaque local no mercado financeiro hoje é a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) para a Selic. Lá fora, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fala em evento, e também será conhecido o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços global de outubro.

Ainda na agenda econômica hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros ministros para tratar de pautas ambientais. Antes, será publicado o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e a balança comercial, ambos de outubro.

O Departamento de Energia dos EUA revela os estoques de petróleo. Na China, prossegue a Reunião do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, que termina na sexta-feira (8).

Confira os 6 principais assuntos do mercado financeiro hoje

Eleição de Donald Trump nos EUA

Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6). O republicano derrotou a democrata Kamala Harris, atual vice-presidente do país. O tema esteve no centro das atenções dos investidores nos últimos meses e deve fazer preço não só no mercado acionário americano, como também na Bolsa brasileira.

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A agenda de Trump está pautada em propostas econômicas mais protecionistas. O republicano fez campanha defendendo a redução de impostos sobre grandes empresas, com apoio ao setor de óleo e gás, e aumento das tarifas de importação. Quando se trata dos produtos chineses, o ex-presidente reeleito quer acirrar a guerra comercial com a China, aumentando o imposto de importação para 60%. Leia mais nesta reportagem.

Dólar

A vitória de Trump impulsiona o dólar ante moedas em geral nesta quarta-feira. Os futuros de Nova York engatam rali, com alta de quase 3%, e bolsas europeias sobem puxadas por ações do setor de defesa, e em meio a balanços de grandes bancos da região.

Os juros dos Treasuries (títulos da dívida americana) saltam, mas os rendimentos dos títulos europeus com vencimento de 10 anos recuam diante do receio de menor crescimento na região com o protecionismo defendido por Trump.

O republicano voltou a falar nesta madrugada que vai fechar fronteiras, reduzir impostos e que os EUA terão forças militares potentes. “Mas não queremos guerras”, garante.

Balanços

Entre os balanços, foco nos resultados de Eletrobras (ELET3; ELET6), Braskem (BRKM5), Minerva (BEEF3), Copel (CPLE6), Oi (OIBR3) e Totvs (TOTS3) após o fechamento dos mercados desta quarta-feira.

Decisões de juros

O Copom deve elevar a Selic em 50 pontos-base, para 11,25%, e é possível que a curva aumente a precificação de alta de 75 p.b em dezembro.

A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi adiada para a próxima quinta-feira (7) em decorrência das eleições nos EUA. 

Commodities

O minério de ferro fechou em queda de 0,76% em Dalian, na China. Enquanto isso, o petróleo também opera no negativo, em torno de 1,00%, interrompendo uma sequência de cinco sessões de ganhos, pressionado pela forte valorização do dólar após a vitória do republicano Donald Trump.

Seguindo o movimento de suas commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) caíam 1,30% no pré-mercado de Nova York, por volta das 08h45 (de Brasília), enquanto os da Petrobras (PETR3; PETR4) recuavam 0,91%.

Mercado brasileiro

O cenário definido de Trump presidente irá pesar sobre o real e aumenta a pressão pelo anúncio de cortes de gastos. Nesta manhã, o dólar subia 2,57% ante o peso mexicano, que acumula perdas semelhantes às do real neste ano, o que pode indicar o que esperar no Brasil.

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A reunião de terça-feira (5) para tratar da Junta de Execução Orçamentária (JEO) terminou sem anúncio à imprensa, formando a tempestade perfeita para uma alta forte do dólar, abertura da curva de juros, piora das expectativas de inflação e um trabalho mais árduo para o Banco Central (BC).

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse na terça-feira que não há “nenhum corte previsto” na pasta. O Santander Brasil estima que o pacote deve girar entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, englobando 2025 e 2026, o que pode repercutir no mercado financeiro hoje.

* Com informações do Broadcast