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IRB (IRBR3) derrete quase 7% após balanço; investidor deve jogar a toalha?

Analistas divergem sobre o que o investidor deve fazer com as ações da companhia; entenda

IRB (IRBR3) derrete quase 7% após balanço; investidor deve jogar a toalha?
IRB (Re). (Foto: Divulgação / IRB)

As ações do IRB (IRBR3) desabam no pregão desta quarta-feira (13). A queda acontece mesmo após a companhia reportar um lucro líquido de R$ 115,9 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma disparada de 142,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Para os analistas da Genial Investimentos e BTG Pactual, os resultados foram positivos, mas eles divergem se o preço da ação é justo ou não.

Às 13h45min, as ações do IRB recuavam 3,42%, a R$ 42,12. Segundo a Genial Investimentos, o IRB apresentou resultados acima das expectativas para o terceiro trimestre de 2024, com o lucro 27,5% acima do consenso do mercado e 10,5% acima das expectativas da Genial.

A ação fechou em queda de 6,85%, cotada a R$ 40,50.

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Ainda assim, eles comentam que a rentabilidade da companhia está modesta, o que diminui o brilho do balanço. A rentabilidade do IRB, medida pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês), ficou em 10,8%, alta de 6,2 pontos porcentuais na comparação com o mesmo período do ano passado.

“Embora o ROE ainda esteja abaixo do custo de capital, a empresa demonstra uma trajetória de recuperação. Esse desempenho foi impulsionado por uma melhora no resultado de subscrição, uma redução nas despesas com comissionamento e a expansão do resultado financeiro, que juntos contribuíram para um trimestre mais forte”, explicam Eduardo Nishio e sua equipe, que assinam o relatório da Genial.

Já os analistas do BTG Pactual comentam que o resultado do IRB foi positivo. Os números, segundo eles, mostram que o IRB está se recuperando a cada trimestre e devem manter esse ritmo de recuperação nos próximos resultados, mas lentamente. “Apesar da recente recuperação na linha superior, a administração continua priorizando a lucratividade em vez do crescimento (com a linha superior crescendo abaixo da faixa-alvo de 10–15%), garantindo renovações de contratos a bom preço”, afirmam Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, que assinam o relatório do BTG.

Investidor deve desistir do IRB ou aproveitar a queda para comprar IRBR3?

As duas casas possuem visões distintas sobre o papel. A Genial Investimentos tem recomendação manter para a ação IRBR3, que é equivalente à neutra. Os analistas argumentam que a ação já está sendo negociada a um preço considerado justo em relação aos resultados que ela vem apresentando, com o ativo negociado a 9,6 vezes o Preço sobre o Lucro em 2024 e 5,5 vezes o Preço sobre o Lucro estimado para 2025.

“Embora vejamos sinais de recuperação nos resultados do IRB, acreditamos que ainda não são suficientemente consistentes para adotar uma visão mais otimista sobre a empresa. Por enquanto, reiteramos nossa recomendação de manter”, explicam Eduardo Nishio e sua equipe. A Genial estima um preço-alvo de R$ 47 para o IRB nos próximos 12 meses, alta de 8,1% na comparação com o fechamento de terça-feira (13).

Já os analistas do BTG Pactual possuem uma visão diferente. Eles até concordam que a recuperação da companhia está lenta, mas dizem que o investidor deve aproveitar o momento para fazer posições na companhia devido à expectativa de distribuição de dividendos do IRB a partir de 2025. Ainda que de forma tímida, o investidor deve esperar um dividend yield de 2,4% para o IRB em 2025 e outro de 4,2% em 2026.

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“Como o IRB continua a melhorar seus resultados, esperamos que comece a pagar dividendos no próximo ano, assim que eliminar as perdas acumuladas em parte de seus negócios. Além disso, a companhia deve se beneficiar do aumento da taxa Selic, visto que a alta de juros é positiva para o setor da empresa”, salientam Rosman, Paura e Buchpiguel.

A equipe do BTG diz ainda que mantém uma sólida confiança na gestão do CEO Marcos Falcão e que a ação é negociada a um preço atraente. Desse modo, o BTG tem recomendação de compra para o IRB (IRBR3) com preço-alvo de R$ 55 para os próximos 12 meses, uma alta de 26,5% na comparação com o fechamento de terça-feira (12), quando a ação encerrou o pregão a R$ 43,48.