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Treasuries fecham mistos com dado da inflação e falas de dirigentes do Fed no radar

Perspectivas sobre a política monetária do banco central dos Estados Unidos também estiveram em foco

Treasuries fecham mistos com dado da inflação e falas de dirigentes do Fed no radar
Juros. (Foto: Adobe Stock)

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) operaram sem sinal único nesta quarta-feira (13), em uma sessão que teve como destaque a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro nos Estados Unidos. Os dados vieram em linha com o esperado pelos analistas, o que manteve a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na próxima reunião, em dezembro. Além disso, as declarações de dirigentes da autoridade foram observadas.

Perto do fechamento de Nova York, o juro da T-note de 2 anos caia a 4,273%; o da T-note de 10 anos avançava a 4,449%; e o do T-bond de 30 anos subia a 4,639%.

No mês passado, o CPI avançou 0,2% ante setembro e acelerou a 2,6% na comparação anual. Os resultados coincidem com a mediana de estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Foram números que, nas mesas de operações, corroboraram à máxima de que “nenhuma notícia é boa notícia” (No news is good news). Pelo monitoramento do CME Group, a curva futura ampliou a pouco mais de 80% a precificação por mais um corte de 25 pontos-base na taxa básica do Fed agora em dezembro. “Para o Fed, estes dados não devem mudar os rumos”, resume o economista Thomas Simons, do Jefferies.

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A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, defendeu uma abordagem “cautelosa” na definição dos próximos passos da política monetária, diante do risco de que cortes de juros apressados revertam os progressos no combate à inflação. No mesmo sentido, o dirigente da distrital de Kansas City, Jeffrey Schmid, não se comprometeu a dar um panorama para a próxima reunião de política monetária do banco central americano, afirmando que ainda não se sabe o quanto os juros cairão ou onde poderão se estabelecer.

O presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, disse que a inflação dos Estados Unidos deve convergir para a meta de 2% ao ano no médio prazo e que o BC americano está “na última milha” para alcançar a estabilidade de preços. Em tom semelhante, o dirigente da distrital de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou hoje estar confiante de que a inflação “está indo na direção correta”, mas defendeu que a autoridade monetária deve aguardar mais informações antes de decidir o que fazer com os juros na próxima reunião.