O UBS BB reiterou a recomendação de compra das ações da Direcional (DIRR3) e elevou o preço-alvo dos papéis de R$ 37 para R$ 40, dentro de uma perspectiva de crescimento das operações, com geração de caixa e potencial para mais dividendos. No pregão desta sexta-feira (22), as ações eram negociadas na faixa de R$ 31,20.
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Ontem, o Itaú BBA também divulgou relatório reiterando perspectivas positivas para a Direcional, a despeito da subida nas ações em cerca de 40% neste ano.
“A Direcional está bem posicionada para continuar sua trajetória de crescimento, mantendo forte capacidade de gerar caixa e distribuição de dividendos“, afirmaram os analistas do UBS BB, Victor Tapia e Tainan Costa, em relatório. A empresa é a preferida do banco (top pick) no setor de construção civil.
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Na visão dos analistas, o mercado não está precificando adequadamente a capacidade de crescimento da incorporadora e a sua capacidade de manter a velocidade de vendas (VSO) elevada ao longo do tempo. “Ao contrário do que alguns investidores pensam, nós acreditamos que é viável para a Direcional crescer e gerar caixa se puder manter o VSO acima de 20%”, acrescentaram. Atualmente, a VSO é de 26%, enquanto ano passado girava em torno de 15%.
O otimismo se deve às condições favoráveis do Minha Casa Minha Vida (MCMV), complementada com programas estaduais que concedem subsídios extras para os compradores de imóveis – e nada disso tem sinais de deterioração no curto prazo, ressaltaram os analistas.
Diante desses fatores positivos, os profissionais do UBS BB passaram a incorporar em suas projeções um potencial crescimento nos lançamentos da Direcional para 2025 e 2026, chegando a R$ 5,5 bilhões e R$ 6,3 bilhões, respectivamente. Por sua vez, a empresa reportou lançamentos de R$ 5,3 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses até o terceiro trimestre de 2024.
O time do UBS BB ponderou que a direção da Direcional já avisou que ainda é cedo para falar em expansão dos lançamentos, uma vez que a incorporadora já ampliou as operações ano após ano desde 2021. O tema, inclusive, foi discutido na última teleconferência. Os analistas ainda estimaram margem bruta na faixa de 35,5% a 36% para os anos de 2025 e 2026.
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“Dado o bom momento do Minha Casa Minha Vida, juntamente com os programas estaduais, não acreditamos que nenhuma dessas métricas irá desacelerar. Assim, diferentemente do consenso, estamos começando a incorporar o crescimento real de lançamento para a Direcional”, afirmaram Tapia e Costa.
Por fim, os analistas do UBS BB acrescentaram que esperam melhora na geração de caixa, como resultado das vendas aquecidas e da tendência de expansão da receita. Na ponta, isso deve se traduzir em dividendos na ordem de R$ 870 milhões em 2025, o que, se confirmado, representará um dividend yield de 17% – sem contar eventuais vendas de carteiras de recebíveis que aumentariam ainda mais a geração de caixa.