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Brasileiros investem R$ 7,22 trilhões entre janeiro e setembro de 2024

Montante parcial já é 11,5% superior em relação ao acumulado do ano passado, segundo a Anbima

Brasileiros investem R$ 7,22 trilhões entre janeiro e setembro de 2024
Investimento de pessoas físicas já ultrapassam valores de 2023 (Foto: Adobe Stock)
  • Os brasileiros investiram R$ 7,22 trilhões somente nos primeiros nove meses de 2024, revelou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
  • O montante parcial do ano já é 11,5% superior ao capital investido no acumulado de 2023
  • O valor se refere a aplicações de clientes pessoas físicas do varejo, tradicional e alta renda, e do private - segmento para quem tem mais de R$ 5 milhões investidos

Os brasileiros investiram R$ 7,22 trilhões somente nos primeiros nove meses de 2024, revelou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O montante parcial do ano já é 11,5% superior ao capital investido no acumulado de 2023. O valor se refere a aplicações de clientes pessoas físicas do varejo, tradicional e alta renda, e do private – segmento para quem tem mais de R$ 5 milhões investidos.

Entre estes, a categoria que registrou mais crescimento foi o varejo alta renda, com um aumento de 12,9% no valor investido, passando de R$ 2,2 trilhões para R$ 2,5 trilhões. O varejo tradicional acumulou alta de 11,9%, para R$ 2,39 trilhões, e o private avançou 9,6% no período, para R$ 2,31 trilhões.

Renda fixa é o produto mais popular

Segundo a Anbima, os produtos de renda fixa seguem fazendo sucesso nas carteiras dos brasileiros. O instrumento totalizou R$ 4,16 trilhões em setembro, um crescimento de 13,8% em relação ao fim de 2023.

“Com a alta da Selic e maior aversão a risco, houve um aumento de recursos alocados em produtos de renda fixa. É natural que o investidor tente compor sua carteira buscando mais estabilidade”, diz  Ademir Correa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima.

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O investimento em produtos híbridos, como fundos multimercados, cambiais, imobiliários, Exchange Traded Funds (ETFs, fundos que seguem índices) e Certificados de Operações Estruturadas (COEs), subiu 2,8%, de R$ 790,1 bilhões, em dezembro, para R$ 812,3 bilhões, no fim de setembro de 2024.

Isentos também estão na mira

O investimento em ativos isentos de imposto de renda (IR) avançou 10,3% entre janeiro e setembro, para R$ 1,18 trilhão. De acordo com Correa Júnior, da Anbima, havia expectativa sobre qual seria o impacto das novas regras do Conselho Monetário Nacional (CMN) que limitaram a emissão e ampliaram prazo de carência de produtos como Certificados de Recebíveis do Agronegócio e Imobiliários (CRAs e CRIs) e Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário (LCAs e LCIs).

“O que nós vimos foi um crescimento, em muitos casos de dois dígitos, na procura por esses títulos em função da Selic em alta e da busca por rentabilidade e segurança, mesmo que com liquidez menor”, afirma o executivo.

Os CRIs avançaram 32,5%, somando R$ 83 bilhões; enquanto os CRAs cresceram 23,7%, totalizando R$ 115,08 bilhões. O avanço das LCIs e LCAs foi menor, de 5,7%, para R$ 339,35 bilhões, e de 7,7%, para R$ 450,59 bilhões, respectivamente.

Outros produtos sem a isenção fiscal também avançaram. Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) cresceram 15,5% no acumulado de 2024, alcançando a cifra de R$ 996,6 bilhões. Os títulos públicos totalizaram R$ 172,39 bilhões, alta de 15% na mesma base de comparação. O volume aplicado em ações, por sua vez, somou R$ 758,8 bilhões ao fim de setembro, um crescimento de 7,9% ante o fim de 2023.

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