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Ambiente competitivo para a Ambev (ABEV3) ainda pode melhorar? Santander avalia

O preço-alvo do banco para a empresa é de R$ 15, o que representa um potencial de alta de 19,8%

Ambiente competitivo para a Ambev (ABEV3) ainda pode melhorar? Santander avalia
Ambev. (Foto: Adobe Stock)

O Santander (SANB11) avalia que o ambiente competitivo para a Ambev (ABEV3) melhore em 2025, na medida em que concorrentes podem ser pressionados por custos crescentes. A cervejaria Petrópolis, por exemplo, registrou no terceiro trimestre uma contração de margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 7 pontos porcentuais em relação ao trimestre anterior, para 10%, enquanto a Ambev aumentou as margens.

Para os analistas Laura Hirata e Guilherme Palhares, as principais razões para a diferença são a inflação de custos, a depreciação do câmbio e a falta de hedge, juntamente com a falta de crescimento de volume.

“Assim, acreditamos que a Ambev conseguirá aumentar os preços à frente dos 3% de crescimento esperado nos custos unitários para 2025, provavelmente levando a uma expansão da margem”, escreveram.

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O relatório também aponta que dezembro será um mês chave para a Ambev. Há expectativa, por parte dos mais “otimistas”, que a empresa anuncie uma reestruturação de capital, após a reunião de conselho. Se a administração decidir alavancar a empresa, seria um catalisador positivo inesperado, pois a redução na base de capital para juros sobre o capital próprio poderia compensar o potencial escudo fiscal de tal transação, na opinião do banco.

Os analistas argumentam que a alavancagem pode ser positiva, mas talvez não seja um divisor de águas. “Embora acreditemos que isso seria valorativo, vemos a alavancagem potencial de 1 vez a dívida líquida/Ebitda como marginal, dado o potencial esgotamento da base de patrimônio da Ambev usada para calcular seu benefício fiscal de juros sobre o capital.”

Eles advertem ainda que uma reestruturação de capital poderia atrasar a monetização de créditos tributários ou indicar que o recebimento desses benefícios poderia ser mais difícil do que o esperado.

O Santander mantém a projeção de Ebitda para 2025 de R$ 28,5 bilhões, devido às expectativas de volumes menores no Caribe e no Canadá, somados a custos unitários maiores para a divisão de bebidas não alcoólicas no Brasil.

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A recomendação para a ação foi mantida em neutra, pois o banco considera que o eventual avanço do lucro esperado para o ano que vem já está precificado. O preço-alvo é de R$ 15, o que representa um potencial de alta de 19,8% ante o fechamento da última segunda-feira (25).