O BTG Pactual (BPAC11) afirma que continua seletivo em relação às commodities, e destaca que papel e celulose são favoritos, com Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) em foco e com recomendação de compra.
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Em relatório, os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arizi afirmam que veem a oferta e os saldos da demanda para as principais commodities sob a cobertura do banco ainda bastante “soltos”, com razões limitadas para esperar uma recuperação nos preços das commodities em breve.
Além disso, os profissionais destacam um artigo de estratégia onde descrevem vários desafios para as commodities, incluindo um dólar mais forte, uma guerra comercial em curso, uma abordagem política fragmentada e revisões em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) chinês em um ambiente deflacionário.
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“Em última análise, o espaço continua dependente de uma resposta mais forte da política fiscal e estabilização no setor imobiliário da China – ambos os quais são difíceis de prever, dada a forma como os decisores políticos parecem estar atrás da curva”, escrevem no documento.
O BTG também diz ter observado um interesse crescente no setor devido ao movimento significativo do real, o que o banco acredita fornecer forte amortecimento contra as pressões sobre as receitas provenientes dos preços mais baixos das matérias-primas. “Nosso setor favorito continua sendo de papel e celulose, pois acreditamos que os preços estão próximos dos níveis mínimos (70-80% da curva de custos)”, afirma o banco.
Para a casa, tanto Suzano quanto Klabin devem entregar crescimento relevante de volume até 2025, pois têm custos de dívida muito baixos, negociando a 0,6 vezes o valor presente líquido e servindo como alguns dos melhores hedges de dólar dentro do Ibovespa. “Em outros segmentos, também recomendamos a Gerdau nos níveis atuais, negociando abaixo de 4 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2025 e com retorno esperado de caixa na faixa de 8-9%”, acrescenta o BTG.
Sobre Vale (VALE3), a recomendação é neutra, com alguns desenvolvimentos positivos recentes no histórico patrimonial da companhia, como a história melhorada sobre os volumes de minério de ferro e os recentes desenvolvimentos positivos em relação ao acordo da Samarco.
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No entanto, o BTG diz optar por esperar por maior clareza no ambiente mais amplo top down antes de fazer quaisquer alterações significativas. Além disso, a história macro da China permanece vulnerável, aumentando a pressão em todo o setor siderúrgico e criando uma margem significativa para os preços do minério.