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Por que o Goldman Sachs prevê disparada de 45,9% das ações desta empresa aérea

Empenho da companhia é elogiado pelos analistas, mas alguns pontos podem causar turbulência na ação

Por que o Goldman Sachs prevê disparada de 45,9% das ações desta empresa aérea
Veja se vale a pena comprar a ação da Azul agora (Foto: Envato Elements)

Os analistas do Goldman Sachs elogiaram o empenho da Azul (AZUL4) em renegociar os títulos de dívida, mostra relatório publicado nesta quinta-feira (4) após a empresa realizar o seu Investor Day – evento com analistas de mercado e investidores para revelar os planos da companhia para o próximo ano.

Segundo os analistas do Goldman Sachs, a companhia aérea conseguiu converter uma dívida total de US$ 550 milhões em uma emissão de ações preferenciais de US$ 100 milhões (valor implícito de cerca de US$ 76 milhões considerando o preço atual dos papéis).

“A administração da empresa destacou que os arrendadores concederam suporte em termos de compensações e acordos com melhoras nas condições de entrega e compensação de reserva de manutenção e ajustes de depósitos de segurança. No geral, espera-se que essas iniciativas levem a um aumento no fluxo de caixa em cerca de US$ 100 milhões por ano”, calculam Bruno Amorim e Joao Frizo, que assinam o relatório do Goldman Sachs.

Azul renegocia títulos de dívida

Outro ponto citado no relatório é que a empresa também conseguiu um acordo para prorrogar o pagamento de até US$ 500 milhões da dívida em financiamento adicional. A equipe do banco diz que a Azul estima um desembolso de US$ 150 milhões ​​pelos detentores de títulos em outubro, com US$ 250 milhões adicionais esperados para serem recebidos assim que certas condições de melhoras no balanço forem atendidas “Finalmente, a Azul destacou que os US$ 100 milhões restantes devem ser recebidos assim que a empresa atingir US$ 100 milhões em economias adicionais por ano em 2025, 2026 e 2027”, argumentam Bruno Amorim e Joao Frizo.

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Por fim, os analistas disseram que viram com otimismo o fato de a própria empresa estimar que os voos da Azul devem continuar competitivos no mercado. A empresa reiterou sua visão positiva para o mercado brasileiro de viagens aéreas, observando que o país tem espaço para alcançar outros pares latino-americanos em termos de viagens per capita que devem ser um impulsionador do crescimento nos próximos anos. “A empresa também destacou que a Azul é a maior operadora da aviação brasileira, com mais de 150 destinos domésticos”, salientam os analistas ao avaliar a ação AZUL4.

Ainda assim, o Goldman Sachs manteve sua recomendação neutra para a Azul (AZUL4) com preço-alvo de R$ 6,80 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 45,9% na comparação com o fechamento de terça-feira (3), quando a ação encerrou o pregão a R$ 4,66. Os analistas reconhecem os esforços e dizem que a ação pode ir bem. No entanto, eles estimam que não vale a pena comprar a ação devido ao endividamento e a provável diluição do acionista minoritário na nova emissão de capital.