O Citi rebaixou de compra para neutra a recomendação para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), e cortou o preço-alvo de R$ 34 para R$ 26, o que indica um potencial de alta de 2% em relação ao fechamento de quinta-feira (5).
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A revisão vem após o banco americano traçar um novo cenário para o setor no ano que vem. A equipe liderada pelo analista Gustavo Schroden considera que as instituições têm espaço limitado para aumentar os lucros, diante de uma combinação entre extensão do ciclo de crédito e condições macroeconômicas mais difíceis.
“Todos os bancos brasileiros (exceto Itaú e Nubank) tiveram desempenho pior que o do índice Morgan Stanley Capital International (MSCI) Latam em dólares no acumulado do ano”, escrevem os profissionais. “Em nossa visão, isso reflete não apenas a depreciação do real, mas também incertezas sobre a sustentabilidade do crescimento do crédito.”
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Essas incertezas são fruto de um ambiente macro pior, com inflação e juros mais altos, de mudanças regulatórias que podem impactar as despesas com provisões e a base de capital, e da competição com fintechs e bancos digitais, que vem acompanhada de investimentos em transformação digital que podem reduzir a eficiência dos bancos por algum tempo.
Segundo o Citi, as ações do setor negociam em média a 1 vez o valor patrimonial, abaixo dos patamares históricos de 1,8 vez. Quando se considera o múltiplo de lucro por ação, o patamar atual é de 5,8 vezes, contra 9 vezes na média histórica. Mesmo com o desconto, a percepção para o ano que vem faz com que a casa recomende cautela aos investidores.
Além de avaliar o Banco do Brasil (BBAS3), o Citi manteve as recomendações para os demais papéis do setor, com compra para Itaú Unibanco (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11) e neutro para Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11). Os preços-alvo de Itaú e BTG não mudaram, ficando em R$ 40 para cada, enquanto os de Bradesco e Santander caíram de R$ 16 e R$ 32 para R$ 14,20 e R$ 27, respectivamente.
* Com informações do Broadcast
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