O Morgan Stanley rebaixou a recomendação de Vale (VALE3) para equal-weight (equivalente a neutro), com preço-alvo de US$ 11,30 para os ADRS (American Depositary Receipts, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da mineradora, o que representa um potencial de valorização de 16% sobre o fechamento do papel no pregão da última quarta-feira (11).
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Em relatório sobre o setor, o analista Carlos de Alba afirma que espera volatilidade para o setor de mineração em 2025, particularmente no primeiro semestre, em meio a políticas comerciais e de estímulo incertas nos EUA e na China.
Nesse contexto, o profissional prefere empresas produtoras de metais básicos em detrimento a nomes de minério de ferro. Segundo ele, as equipes de commodities da banco preveem déficits de fornecimento em cobre, alumínio e zinco, enquanto veem o minério de ferro com excedentes de produção.
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O analista destaca que as empresas de mineração sob sua cobertura ao redor do mundo tiveram desempenho cerca de 20% menor que o S&P 500 em 2024. E mesmo assim, o setor está sendo negociado com múltiplos em torno de 7,3 vezes o EV/Ebitda e 20,7 vezes o Preço/Lucro, bem acima dos múltiplos de 6 e 12 vezes do final de 2021 e meados de 2022, respectivamente.
O profissional observa que a perspectiva de crescimento global continua a recuar, o que deve pesar na demanda por commodities, representando desafios para o desempenho das ações de mineração.