O Santander (SANB11) rebaixou a recomendação para as ações da Braskem (BRKM5) de outperform (equivalente a compra) para neutro e cortou o preço-alvo de R$ 27 para R$ 18, prevendo um ciclo de baixa mais longo para a petroquímica.
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O banco também rebaixou Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) para neutro, reajustando seus preços-alvo de R$ 33 para R$ 24 e de R$ 31 para R$ 22, respectivamente.
No setor petroquímico, os analistas Rodrigo Almeida, Walter Chiarvesio, Eduardo Muniz e Claudia Rivera preferem empresas capazes de manter dividendos sólidos durante o ciclo de baixa, como a mexicana Alpek e, no Brasil, a Ultrapar. Sobre a Braskem, eles também preveem poucos benefícios para os acionistas minoritários decorrentes da venda ou transferência das ações da Novonor na empresa.
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Quanto às distribuidoras, os especialistas dizem que o rebaixamento reflete o custo de capital mais elevado. Isso é particularmente relevante para a Vibra, argumentam os analistas, considerando que a recente aquisição da participação remanescente na Comerc deve elevar a dívida bruta para aproximadamente R$ 22 bilhões. Para o Santander, isso irá aumentar significativamente as despesas financeiras da companhia, pressionando o lucro líquido, fluxo de caixa livre (FCF) e seu valor do ativo (valuation).
Como resultado, eles esperam que a tendência de desalavancagem da Vibra seja muito mais lenta do que prevíamos anteriormente. Embora os analistas projetem que as margens de distribuição de combustíveis permaneçam sólidas em 2025, e que as empresas recuperem participação de mercado em 2025 devido aos esforços para combater atividades irregulares no setor, há preocupações.
O Santander destaca que as margens podem apresentar contrações sequenciais nos próximos trimestres e o ROIC (retorno sobre capital investido) pode cair em 2025, devido a margens ligeiramente menores, maior capital empregado e a incorporação da Comerc pela Vibra.