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Treasuries sobem com expectativas sobre corte de juros pelo BC dos EUA em foco

Dados da inflação divulgados ao longo da semana também impactaram o movimento das taxas

Treasuries sobem com expectativas sobre corte de juros pelo BC dos EUA em foco
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os rendimentos dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) avançaram nesta sexta-feira (13), encerrando uma semana que contou com a divulgação de alguns do principais indicadores de inflação nos Estados Unidos, que chegaram a apresentar leituras mais elevadas que o esperado por analistas. Os dados não alteraram a perspectivas majoritária de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na próxima semana, mas a visão de que as taxas possam ficar elevadas por um período mais prolongado em 2025 ganhou força.

Perto do horário de fechamento da Bolsa de Nova York às 18h00 (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subia a 4,241%; o da T-note de 10 anos avançava a 4,397%; e o da T-note de 30 anos tinha alta a 4,607%.

“Há incerteza entre investidores. Alguns veem o título de 10 anos a 4,5% elevado demais, outros estão preocupados com taxas bem mais elevadas por tempo prolongado”, aponta o estrategista sênior da CreditSights, Zach Griffiths.

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Os dados de preços desta semana mostraram que a inflação permanece teimosamente acima da meta do Fed, aponta o Wells Fargo. “A inflação geral apresentou uma tendência lateral nos últimos meses e, embora não esperemos que os dados desta semana impeçam a Fed de cortar mais 25 pontos base na próxima semana, provavelmente contribuirá para que o Comité reduza a sua orientação para uma flexibilização adicional no futuro”, avalia o banco.

Na visão do BMO, o intervalo para rendimentos de 10 e 30 anos foi bem estabelecido e reforça a suposição de que a procura dos investidores continuará a surgir durante qualquer reforço material nos rendimentos que coloque 4,50% ou mesmo 5,00% no radar. A série de riscos que o mercado de taxas dos EUA enfrenta em 2025 certamente não impedirá episódios de baixa e um aumento nos rendimentos, avalia. “Prevemos que o início do ano será enviesado a favor de rendimentos mais elevados. Dito isto, os rendimentos máximos de 10 anos para o ciclo já foram estabelecidos e qualquer liquidação subsequente estará em conformidade com esses parâmetros”, conclui.

Com informações Dow Jones Newswires.