O número de cotistas em fundos de investimento imobiliário (FIIs) cresceu em cerca de 41 mil entrantes mensalmente nos últimos 12 meses, mas o saldo médio de cada pessoa física diminuiu de R$ 2,7 mil em 2023 para R$ 2,6 mil em junho de 2024. Em 2018, o valor era de R$ 15,7 mil. As informações constam em relatório do Santander Equity Research, assinado pelo analista de fundos imobiliários Flávio Pires.
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No ano até julho, a indústria de FIIs teve 423 mil CPFs investindo nessa classe pela primeira vez, fazendo o mercado alcançar 2,7 milhões de investidores. “O cenário atual, de juros altos, inflação não convergindo para meta e deterioração do quadro fiscal, não ofuscou a entrada de novos participantes”, descreve o relatório. Contudo, o destaque é que o saldo médio investido diminuiu.
O documento também observa que o perfil dos participantes na negociação de FIIs está mudando. Nos últimos 12 meses, o Santander diz que os investidores não residentes “aumentaram marginalmente a participação nas negociações de cotas do fundos listados que, até pouco tempo, eram de baixa expressividade”. Eles são fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) globais e fundos mútuos globais, e a pesquisa do Santander indica que oito deles concentram US$ 800 milhões em FIIs.
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Em 2019, esse tipo de investidor negociou 5% do volume total das cotas de mercado. Em julho de 2024, o porcentual subiu para 16,1%. “Avaliamos que esses investidores poderão, ao longo dos próximos semestres, se tornarem mais relevantes e formadores de preços”, afirma o documento.