O bitcoin (BTC) sobe 1,5% nas últimas 24 horas, segundo dados da plataforma CoinGecko. A criptomoeda está cotada a US$ 98.448,69. O movimento ocorre mesmo após a forte retirada de recursos dos Exchange Traded Funds (ETFs) de BTC na virada do ano.
Segundo dados da Bloomberg, investidores retiraram US$ 333 milhões do iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT) da BlackRock na quinta-feira (2) – o maior valor resgatado desde o seu lançamento. O fundo também sofreu um terceiro dia consecutivo de saídas, sua mais longa sequência de perdas.
O IBIT e os outros ETFs de bitcoin desempenharam um papel importante na alta acima de 110% no preço do bitcoin no acumulado de 2024. Os produtos foram aprovados pela Securities and Exchange Commission (SEC) – órgão dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira – em janeiro do ano passado , representando uma mudança significativa na aceitação institucional do criptoativo.
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Em 2024, o bitcoin também foi beneficiado pelo ciclo de queda dos juros americanos, iniciado em setembro pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O processo de relaxamento monetário alimentou o apetite a risco dos investidores. Ao final do ano, as eleições presidenciais dos Estados Unidos consolidaram ainda mais o otimismo em torno da moeda digital. Com o anúncio da vitória de Donald Trump, o BTC renovou máximas sucessivas até atingir o recorde histórico acima de US$ 100 mil.
Para 2025, analistas apontam que a continuidade do rali do BTC dependerá da implementação de políticas de Trump em seu segundo mandato. A promessa do republicano de criar uma reserva nacional em bitcoin chama atenção. “Essa medida, se concretizada, geraria uma pressão positiva no preço e consolidaria o papel dos criptoativos como uma classe de investimento relevante no mercado global”, afirma Paula Zogbi, gerente de research e head de conteúdo da Nomad.