O mercado financeiro hoje concentra as atenções na agenda dos Estados Unidos, que divulga com dados de emprego (pesquisa ADP e auxílio-desemprego) a dois dias da divulgação do payroll, o relatório oficial de empregabilidade no país, além da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Nos demais mercados, a agenda está praticamente esvaziada, com resultados de produção industrial no Brasil e inflação na China.
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Além dos destaques do mercado financeiro, a quarta-feira (8) marca os dois anos dos ataques golpistas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de quatro atos promovidos pelo governo federal ao longo do dia em memória a esse acontecimento.
No exterior, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em leve alta nesta manhã, após Wall Street cair de forma generalizada ontem ao passo que os dados econômicos dos EUA geraram dúvidas sobre o espaço para mais reduções dos juros básicos da maior economia do mundo.
Já na Europa, os sinais são divergentes, as bolsas tentam ganhar tração e a bolsa de Frankfurt mostra um pouco mais de fôlego mesmo após a decepção com a queda nas vendas no varejo e nas encomendas à indústria, frustrando expectativas de avanço em novembro nos dois casos.
Confira as principais notícias do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais hoje
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta moderada, enquanto investidores aguardam dados do mercado de trabalho americano e a ata do Fed. Os rendimentos dos Treasuries operam em baixa, depois de avançarem na sessão anterior. Também no radar está o leilão do Tesouro americano, de US$ 22 bilhões em T-bonds de 30 anos.
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Na zona do euro, o índice de sentimento econômico caiu mais do que o esperado em dezembro, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) subiu um pouco acima do esperado na margem e caiu menos que o previsto na comparação anual. Na China, o governo anunciou que incluirá mais produtos em seu programa de troca de eletrodomésticos em 2025 para estimular o consumo e o crescimento da economia.
Ainda entre as bolsas internacionais hoje, as da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quarta-feira, após uma rodada de perdas em Wall Street e novas medidas chinesas de estímulo ao consumo. O índice japonês Nikkei caiu 0,26% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 0,86% em Hong Kong, e o Taiex cedeu 1,03% em Taiwan. Destoando na região asiática, o sul-coreano Kospi avançou 1,16% em Seul. Na China continental, o Xangai Composto ficou praticamente estável (+0,02%), e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,30%.
Na Oceania, a bolsa australiana subiu 0,77% em Sydney.
Commodities no mercado financeiro
O Departamento de Energia (DoE) divulga os estoques de petróleo na tarde desta quarta-feira. Os contratos futuros do petróleo operam em alta, ampliando ganhos de ontem, ainda em meio a expectativas de menor oferta da Rússia e do Irã em função de possíveis sanções mais rigorosas por parte de Washington, e com operadores à espera de pesquisa semanal sobre estoques dos EUA e dados do mercado de trabalho americano.
Ainda entre as commodities do mercado financeiro, o contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para maio de 2025, fechou em queda de 0,73%, cotado a 747,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 102,03.
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Câmbio
O dólar opera em alta ante outras moedas de países desenvolvidos, ampliando ganhos de ontem, enquanto investidores avaliam dados alemães e indicadores da zona do euro e dos EUA. O euro, que operava praticamente estável em relação ao nível do fim da tarde de ontem, se enfraqueceu após a Alemanha decepcionar com números de encomendas à indústria e de vendas no varejo.
Mercado brasileiro
O leve avanço dos futuros de NY pode favorecer o Ibovespa hoje junto com a alta do petróleo. Os ADRs (recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale e Petrobras avançam nesta manhã, o que pode seguir ao longo da abertura.
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As atenções se voltam a dados da produção industrial em novembro (9h). Os juros futuros mais curtos podem reagir à produção industrial de novembro, que deve mostrar queda de 0,6% em novembro, após recuo de 0,2% em outubro. Além disso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa das reuniões bimestrais de presidentes de bancos centrais, promovida pelo BIS.
Na terça-feira (7), a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à GloboNews deu fôlego e conseguiu manter a alta do Ibovespa. O ministro declarou que o trabalho da pasta é constante no estudo de medidas fiscais, mas ponderou que não gostaria de passar uma mensagem de que o governo gesta novos pacotes. “Muitas vezes eu não posso antecipar uma medida, porque ela não está madura, porque ela está sendo trabalhada na cozinha da Fazenda para verificar se ela tem aderência”, disse em entrevista – veja a cobertura completa aqui.
*Com informações do Broadcast