O ouro fechou em alta pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira (8), após novas evidências de uma política tarifária restritiva pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Sinais de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode cortar juros mais agressivamente também contribuiu para o movimento.
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O ouro para fevereiro fechou em alta de 0,26%, a US$ 2.672,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
De acordo com a Pepperstone, os preços do metal dourado avançaram por conta da melhor perspectiva na flexibilização monetária americana, apesar do dólar forte. Hoje, o diretor do Fed Christopher Waller disse que existem opiniões “muito diferentes” sobre cortes de juros entre os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) e, segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group, as apostas para cortes de 25 pontos-base (pb) e 50 pb para 2025 aumentaram.
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Para a Pepperstone, a alta do ouro segue apoiada por tensões geopolíticas, temores sobre tarifas rígidas dos EUA e compras de bancos centrais – ainda que o Commerzbank defenda que as negociações do metal precioso não tenham sido impactadas pelas compras do BC da China. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria considerando declarar uma emergência econômica nacional para fornecer justificativa legal para um grande pacote de tarifas universais sobre aliados e adversários, de acordo com informações da CNN.
“O ouro se encontra em uma encruzilhada, navegando entre a força do dólar, pressões inflacionárias, expectativas de política do Fed e crescente incerteza geopolítica”, explica. “Essa complexa interação de fatores continuará a moldar a trajetória do metal precioso no futuro próximo.”
*Com informações da Dow Jones Newswires