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Títulos de dívida dos EUA operam mistos em sessão encurtada por feriado nacional

Mercado enfrentou sessão volátil enquanto investidores monitoravam declarações de dirigentes do BC

Títulos de dívida dos EUA operam mistos em sessão encurtada por feriado nacional
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) operaram sem sinal único nesta quinta-feira (9), em uma sessão mais curta devido ao feriado nacional americano pelo funeral do ex-presidente Jimmy Carter. Ainda que com poucos indicadores e liquidez reduzida, investidores estiveram atentos à uma série de declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), o que conferiu alguma volatilidade ao mercado. O grande destaque, ainda assim, foi a expectativa para a divulgação do payroll de dezembro americano nesta sexta-feira. Segundo o Projeções Broadcast, a economia dos Estados Unidos deve ter criado 150 mil empregos no último mês.

Neste fim de tarde, o juro da T-note de 10 anos subia a 4,690% e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,935%. O retorno da T-note de 2 anos tinha baixa a 4,265%.

O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que a alta recente nos juros dos Treasuries de longo prazo é reflexo de prêmios de risco mais elevados, e não de preocupações com a inflação. “Não há dúvida de que, à medida que uma quantidade maior de dívida federal entra no mercado, em determinados momentos, isso está superando a demanda, e é isso que gera o aumento nos rendimentos”, disse.

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A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, defendeu hoje uma abordagem “gradual, paciente e holística” para a política monetária. Já o dirigente da distrital da Filadélfia, Patrick Harker, disse que é apropriado que o BC americano faça uma pequena pausa nos cortes dos juros em meio à incerteza. Presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, também defendeu uma postura mais gradual. Já a dirigente Michelle Bowman argumentou que o Fed deveria se abster de “prejulgar” as políticas da próxima adminstração dos EUA.

Visando o payroll, o BMO Markets crê que o mercado está preparado para responder com uma oferta mais forte no caso de uma surpresa negativa do que qualquer pressão de venda que possa surgir num relatório forte. “Isto é consistente com os resultados do nosso inquérito aos clientes, que nos deixou a impressão de que o mercado está simplesmente à espera de melhores níveis para comprar duração e que os investidores se sentem confortáveis em deixar a liquidação seguir o seu curso. Estamos em janeiro e há uma forte tendência para os primeiros meses do ano serem pessimistas para o mercado obrigacionista e bons para os ativos de risco”, aponta.

Segundo o BMO, a oferta do Tesouro americano foi absorvida e não haverá outro leilão até 22 de janeiro – deixando espaço para o mercado digerir os leilões e voltar a concentrar-se nos fundamentos. A fraqueza nos mercados obrigacionistas estrangeiros tem sido notável – com destaque para as gilts e os bunds em particular, destaca.