Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) voltaram a subir nesta segunda-feira (13), diante da expectativa de que os dados de inflação da economia americana, que serão divulgados nesta semana, devem fornecer poucos argumentos para o resgate da ideia de uma flexibilização monetária contundente pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em 2025.
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No fim da tarde, perto do horário de fechamento da Bolsa de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos tinha alta a 4,394%. O rendimento de 10 anos estava em 4,791%. O juro do título equivalente de 30 anos estava em 4,967%.
O movimento de alta dos rendimentos ocorre antes da divulgação do índice de preços ao produtor (PPI), na terça-feira, e do levantamento sobre os preços ao consumidor (CPI), na quarta-feira, ambos referentes ao mês de dezembro.
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Os economistas do Bank of America Securities não projetam riscos ascendentes substanciais para a inflação, mas continuam cautelosos em relação aos recentes dados robustos do mercado de trabalho e ao aumento das expectativas de inflação. “O progresso na inflação deverá estagnar este ano, dadas as mudanças esperadas nas políticas comercial, fiscal e de imigração”, pontuam. Levantamento do banco junto a analistas fundamentais revelou preocupações sobre uma inflação mais elevada este ano se forem impostas tarifas, com um impacto, principalmente, para os setores de bens.
Na reta de ajuste para o início do governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em 20 de janeiro, a resiliência dos dados de emprego, revelados na sexta-feira, e o crescimento dos EUA certamente dão aos formuladores de política monetária tempo para se manterem firmes até que possam obter maior clareza sobre políticas e tarifas, tornando a pausa em janeiro uma decisão fácil, pontua o economista do banco canadense CBIC Capital Markets, Avery Shenfeld.