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- Para o horizonte de longo prazo, Ágora relaciona os papéis da Magazine Luiza, Lojas Renner, Alpargatas e Arezzo
- Investidor seleciona as ações de acordo com percepção sobre a atuação da empresa em comércio eletrônico
- E-commerce pode compensar parte da queda das vendas nas lojas físicas
As perdas de receitas setor de varejo com a restrição de circulação de pessoas e quarentenas nos principais centros urbanos no País devem alcançar R$ 20 bilhões no segundo trimestre de 2020. “O comércio e os shoppings fecharam suas lojas, isso vai ter um impacto no faturamento do setor. Vemos um declínio de receita bem grande em relação ao mesmo período do ano passado”, diz José Francisco Cataldo Ferreira, estrategista de análise da Ágora Investimentos, em entrevista realizada nesta terça-feira (14).
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Cataldo argumentou que também há uma preocupação com os números de desempregos recentes na economia brasileira. “A perda de empregos e mesmo a redução da jornada (com corte de salário) vai provocar um enfraquecimento do poder de compra das famílias e não se sabe como vai ser a recuperação da atividade”, diz.
Questionado sobre os papéis do setor listados na bolsa de valores, Cataldo respondeu que alguns estão apresentando desempenho melhor em abril depois do recuo geral em março. No curto prazo, segundo ele, Pão de Açúcar, B2W e Lojas Americanas mostram um desempenho melhor. Para o longo prazo, o estrategista de análise indica Magazine Luiza, Lojas Renner, Alpargatas e Arezzo.
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Ele explicou que as ações que estão chamando a atenção dos investidores são identificadas principalmente pela atuação no comércio eletrônico pela internet. “O e-commerce pode compensar um pouco essa queda nas receitas das lojas físicas”, diz.
Convergência de opiniões
Na mesma linha de argumentação, Fernando Siqueira, gestor de fundos da Infinity Asset, afirma que os papéis que se mostram mais resistentes são de companhias identificadas com o e-commerce.
“Empresas como Magazine Luiza, Lojas Americanas e Lojas Renner talvez até saiam mais fortes da crise, por se mostrarem mais eficientes no e-commerce e no que fazem”, afirma.