As bolsas internacionais operam sem direção única nesta manhã de terça-feira, após intensa volatilidade no pregão de ontem, quando não houve negociação no Brasil em função do feriado na cidade de São Paulo.
Os investidores seguem atentos aos possíveis novos estímulos nos Estados Unidos, mas as dúvidas sobre a capacidade de aprovação no Congresso acabam apagando o apetite ao risco. Apesar das preocupações com o coronavírus, a safra de balanços dá suporte moderado às bolsas em Nova York e na Europa.
O balanceamento do risco de o Banco Central antecipar uma alta de juros no primeiro semestre de 2021 com a defesa do compromisso com a regra do teto de gastos tem reflexos nos mercados de câmbio e juros futuros. A Bovespa repercute, além das questões econômicas, as expectativas com a agenda de privatizações, mesmo após a saída de Wilson Ferreira da Eletrobras. Próximo as 14 horas, o Índice negociava aos 117.530 pontos (+0,13%).
Para as ações da Eletrobras, a queda é mais forte, após anúncio, no domingo, da saída do presidente da empresa, diante das dúvidas sobre a possibilidade de privatização da empresa.
As ações da Gerdau também registravam forte realização. Já no campo positivo figuravam as ações da BR Distribuidora e da Hapvida. O dólar caiu a R$ 5,37, nas mínimas, devolvendo a alta verificada ontem e na sexta no mercado à vista, e os juros de curto prazo sobem, com alívio no trecho longo da curva a termo. A ata do Copom revelou que alguns integrantes do comitê discutiram se ainda seria adequado manter o atual grau de estímulo elevado e cogitou-se o início de uma normalização parcial da política monetária.