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Economistas antecipam previsão para início de alta de juros

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  • Movimento ocorre após a divulgação nesta terça-feira da ata da última reunião de política monetária do Banco Central

(Reuters) – Profissionais do mercado financeiro começaram a antecipar suas projeções de aumento de juros após a divulgação nesta terça-feira da ata da última reunião de política monetária do Banco Central, considerada por analistas ainda mais dura com a inflação do que o comunicado da semana passada.

Segundo o documento, alguns diretores defenderam que o Copom –colegiado do BC que decide os rumos da política monetária– deveria considerar o início de um processo de normalização parcial da taxa básica de juros, reduzindo o grau “extraordinário” do estímulo.

Sobre a opção do Copom de abandonar o “forward guidance” –mecanismo pelo qual o BC se comprometia a não elevar os juros desde que algumas condições estivessem satisfeitas–, a ata reiterou que a decisão foi tomada porque as projeções de inflação já estavam suficientemente próximas da meta para o horizonte considerado relevante para a política monetária (até 2022).

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O Itaú Unibanco –que 11 dias atrás já havia antecipado de agosto para maio a previsão para início da normalização da Selic– passou a ver alta dos juros na próxima reunião do Copom, nos dias 16 e 17 de março.

“A ata do Copom, divulgada hoje pela manhã, elimina possíveis dúvidas sobre o senso de urgência das autoridades. Ela mostra que as autoridades consideraram um aumento de juros na reunião, e praticamente se comprometem com uma elevação em março (parágrafos 15-16)”, disse o banco em nota.

O Itaú avaliou que a sinalização do BC decorreu do comportamento da inflação desde maio de 2020, quando o Banco Central decidiu que a conjuntura prescrevia “estímulo monetário  extraordinariamente elevado”, e da “contínua” piora no balanço de riscos, principalmente relacionada ao cenário fiscal “desafiador”.

“Como resultado, esperamos agora um aumento de 0,25 p.p. em março, seguido por dois movimentos de 0,50 p.p. e uma alta final de 0,25 p.p., que levaria a taxa Selic para 3,5% (uma normalização parcial) ao final do ano”, disse o Itaú. “O ritmo de elevação dependerá da evolução da atividade econômica, da inflação e da política fiscal.”

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O Bank of America também passou a ver alta da Selic em março, depois de na semana passada reiterar “call” de juro mais alto apenas no fim do primeiro semestre. O banco projeta acréscimo de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros em março, para 2,50%, e indo até 4% ao fim do ano, contra estimativa anterior de 3,25%.

“As taxas reais de juros estão em território negativo, e a inflação segue pressionada, apontando altas (dos juros) antes”, disse o BofA, que também elevou o prognóstico para a Selic ao fim de 2022, de 4% para 5,25%.

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