Os programas sociais no Brasil desempenham um papel essencial para garantir o bem-estar de diversas parcelas da população. Entre as iniciativas mais conhecidas, estão o Salário-Família e o Bolsa Família.
Leia também
Apesar de ambos fornecerem suporte financeiro, eles possuem objetivos distintos e atendem a públicos diferentes, além de terem critérios próprios para concessão.
Salário-família
O Salário-Família é um benefício destinado exclusivamente a trabalhadores formais que possuem carteira assinada. Essa assistência, fornecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), tem como finalidade complementar a renda de empregados com remuneração baixa e dependentes.
O valor do benefício varia de acordo com o número de filhos ou dependentes que o trabalhador possua, e não é necessário cumprir um tempo mínimo de contribuição ao INSS para ter acesso ao programa. Em 2025 o valor do Salário-Família passou a ser R$ 65,00 por dependente, com o teto de renda ajustado para R$ 1.906,04.
Publicidade
Outro ponto importante é que o Salário-Família é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e é um direito garantido aos empregados que se enquadram nos requisitos definidos pelo governo, como a faixa salarial estipulada anualmente.
Para ter acesso ao Salário-Família, o trabalhador deve apresentar a certidão de nascimento dos filhos e manter atualizada a caderneta de vacinação e a comprovação de frequência escolar das crianças, requisitos fundamentais para a continuidade do benefício.
Como solicitar o benefício?
A solicitação do Salário-Família deve ser feita diretamente junto ao empregador, para trabalhadores com carteira assinada, ou ao INSS, no caso de aposentados e segurados que recebem outros benefícios da previdência.
Bolsa Família
Por outro lado, o Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda criado pelo governo federal, voltado para atender famílias que vivem em situação de pobreza ou extrema pobreza. O principal objetivo é assegurar uma renda mínima para essas famílias e fomentar o acesso a direitos fundamentais, como educação, saúde e assistência social.
Diferentemente do Salário-Família, o Bolsa Família não exige que o beneficiário possua um vínculo empregatício formal. A seleção das famílias é feita com base em dados do Cadastro Único (CadÚnico), que identifica as condições socioeconômicas dos cidadãos inscritos.
Além disso, para continuar recebendo o benefício, as famílias precisam atender a compromissos estabelecidos pelo programa, como manter as crianças na escola e cumprir calendários de vacinação
Como aderir ao Bolsa Família?
Para fazer parte do Bolsa Família, a renda mensal por pessoa da família não pode ultrapassar R$ 218, além de ser necessário estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) de programas sociais do Governo Federal. A manutenção do benefício exige atualização cadastral a cada dois anos, que deve ser feita nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou nos postos do CadÚnico das cidades.
Qual o valor do Bolsa Família?
O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600 por família. Para famílias com crianças pequenas e gestantes, o governo oferece opções adicionais que variam de acordo com a idade:
- R$ 150 para crianças de até seis anos;
- R$ 50 para crianças de 7 a 11 anos e adolescentes de 12 a 18 anos;
- R$ 50 para gestantes e lactantes.
Embora ambos os benefícios tenham como finalidade o apoio financeiro a famílias em situações de vulnerabilidade, o Salário-Família e o Bolsa Família são programas distintos.
Publicidade
Colaborou: Gabrielly Bento.