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Ibovespa hoje: cautela exterior permeia Bolsa, que sobe, à espera de Trump em Davos

O movimento tende a ser limitado nos mercados domésticos com dólar forte e indefinição em NY

Ibovespa hoje: cautela exterior permeia Bolsa, que sobe, à espera de Trump em Davos
Donald Trump reassumiu a presidência dos EUA e deve movimentar o mercado financeiro. (Foto: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje abriu próximo à estabilidade, mas logo passou a operar em alta de 0,30%, aos 123.335 pontos nesta quinta-feira (23). As atenções se voltam novamente nos planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – veja aqui os principais assuntos do dia.

Os mercados enfrentam volatilidade nesta manhã à espera do discurso do presidente republicano no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, por volta das 13 horas (de Brasília). A expectativa é de que ele comente sobre tarifas e sanções que planeja implementar.

Os ajustes moderados e sem direção única dos mercados acionários lá fora podem respingar no desempenho do principal índice da B3 hoje, que tende a se apoiar na boa tração das commodities.

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Quanto ao dólar, a moeda iniciou as operações em estabilidade, com leve queda de 0,01%, a R$ 5,9461, seguindo o avanço moderado ante moedas principais e emergentes ligadas a commodities. Na primeira hora de negociação, a moeda americana conseguiu se firmar na ponta positiva e subia 0,40%, a R$ 5,9703 às 10 horas (de Brasília).

Na véspera, o dólar caiu a R$ 5,9465 no mercado à vista – menor valor desde 27 de novembro (a R$ 5,9135) digerindo as incertezas com ajustes tarifários do presidente Donald Trump.

Já os juros futuros sobem nesta manhã, seguindo a toada do dólar e do avanço moderado dos Treasuries (títulos da dívida americana).

O que movimenta o Ibovespa hoje

Donald Trump e bolsas internacionais

Os índices futuros de Nova York recuam, enquanto os rendimentos dos Treasuries e o dólar ante moedas principais e emergentes ligadas a commodities sobem moderadamente, aguardando as falas de Donald Trump no fórum de Davos e dados sobre pedidos de auxílio desemprego nos EUA. Já as Bolsas da Europa avançam moderadamente, impulsionadas pelo setor bancário.

No radar seguem as ameaças de tarifas e sanções, já desferidas contra a Rússia, se não parar com a guerra na Ucrânia, China, Canadá e México, consideradas brandas, por enquanto.

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Há relatos de que o republicano planeja responder a perguntas de executivos europeus durante a sua participação em Davos e suas declarações devem impactar os ajustes dos mercados e em especial as decisões dos principais BCs, como Banco do Japão (BoJ), nesta sexta-feira (24), do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central Europeu (BCE), na próxima semana.

As projeções são de provável alta do juro japonês, redução na zona do euro e interrupção no ciclo de corte nos EUA. Novas medidas da China para apoiar os mercados acionários não empolgaram os investidores.

Commodities

minério de ferro fechou em alta de 0,44%, cotado a 801,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 110,19 nos mercados de Dalian, na China. Já o petróleo se firmou na ponta positiva na última hora, subindo em torno de 0,40%.

Seguindo o ritmo de suas commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,11% no pré-mercado de Nova York, por volta das 10 horas (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3PETR4) operavam em estabilidade no mesmo horário.

Mercado brasileiro

O dia pode ser de volatilidade nos mercados locais, diante dos ajustes moderados e sem direção única das commodities e dos mercados acionários lá fora. As expectativas estão sobre os planos de Trump.

Os mercados de juros e câmbio podem hesitar, mas tendem ser influenciados pela ligeira valorização dos rendimentos dos Treasuries e do dólar.

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Além de Trump, o Ibovespa hoje deve monitorar a discussão do governo sobre medidas para conter a alta dos alimentos, além do compromisso com o equilíbrio fiscal, reiterado pelo ministro da Casa Civil Rui Costa.

*Com informações do Broadcast