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Argentina vai sair do Mercosul? Entenda como a proposta de Milei pode afetar os investidores

Presidente argentino afirmou que pode retirar o país do bloco para firmar acordo comercial com os EUA

Argentina vai sair do Mercosul? Entenda como a proposta de Milei pode afetar os investidores
O presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta quarta-feira (22) que a Argentina poderia deixar o Mercosul, para tentar um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. Além da Argentina, o bloco regional é composto por Brasil, Paraguai e Uruguai.

Milei, que sempre foi crítico ao bloco comercial sul-americano, destacou em entrevista à Bloomberg, no Fórum Econômico Mundial de Davos, que estaria disposto a retirar o país do grupo visando fortalecer as negociações com os americanos. No entanto, ele ponderou que “há mecanismos que podem ser usados mesmo dentro do Mercosul“.

Logo no dia seguinte da fala, o presidente argentino mudou de tom e afirmou que há formas de avançar sem perder a aliança do bloco latino. “Vamos trabalhar pela Argentina e os interesses da Argentina. Vou tentar avançar para o melhor para os argentinos”, disse após sua palestra no Fórum Econômico Mundial, na Suíça.

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Ao contrário do que se imagina, os planos de Milei podem ser benéficos aos investidores, explica Anderson Miranda, Head de Distribuição da W1 Capital. “A saída da Argentina do Mercosul causaria uma incerteza política e econômica no país, que geralmente é vista como cautela para os investidores”, conta.

Com essa instabilidade, os custos de investimento na Argentina podem aumentar e afastar o capital estrangeiro, o que deixaria os outros países do Mercosul mais atraentes para esses investimentos estrangeiros.

Miranda ainda comenta que o país mais atrativo do bloco é o Brasil. “O país tem várias empresas com preços competitivos, com muitas commodities também. A ideia do presidente argentino seria um sinal positivo para o Brasil”, frisa.

Milei também revelou que, para seguir com os dois acordos, os países do Mercosul poderiam “abrir o comércio de forma individual”. Neste caso, ainda não é possível definir se os investidores brasileiros seriam favorecidos.

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