Especialistas em crédito privado esperam que 2025 seja mais um ano de renda fixa reinando nos investimentos. Dentro do segmento, no entanto, ainda há que reforçar a importância da combinação entre títulos públicos e títulos privados, aponta Daniela Gamboa, líder da área de crédito privado e imobiliário da SulAmérica Investimentos.
Neste contexto, Paulo Vasconcellos do UBS Evolution, avalia que a gestão ativa no crédito privado fica ainda mais em voga. “Pensar no duration dos ativos, em diversificação, ganha ainda mais relevância no cenário desafiador”, disse durante o Latin America Investment Conference (LAIC), realizada pelo UBS e pelo UBS BB. Ele indica ainda que o segmento teve, nos últimos cinco anos, crescimento maior do que nos 20 anteriores.
Ana Luísa Rodela, líder da área de crédito na Bradesco Asset Management, chama atenção para potenciais eventos de crédito ao longo do ano, diante do cenário econômico. “Quanto mais se distancia dos ativos high grade, maior a chance”, diz. Estes riscos evidenciam, segundo ela, a importância da diligência nas alocações.
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Da mesma forma, a executiva comenta que a possibilidade de pessoas físicas investirem em fundos de investimentos em direitos creditórios (Fidcs) inspira novos cuidados. “Fidc é um produto excelente, mas requer uma análise muito especializada. Mesmo entre investidor profissional, não é todo mundo que sabe analisar no detalhe”, afirma.
Já Vivian Lee, sócia e gestora da estratégia de crédito na Ibiuna Investimentos, alerta que, nos fundos de infraestrutura, existe uma tendência de o aumento da demanda fazer com que as emissões sejam feitas com garantias “mais leves”. Ela aponta que em 2024 foram acionadas as garantias em alguns casos – o que reforça a importância deste mecanismo. Neste segmento, os especialistas esperam a continuidade do apetite dos investidores, ao mesmo tempo que a agenda de concessões públicas seguirá alimentando o mercado.