A agenda econômica desta quinta-feira (6) traz as decisões de juros dos bancos centrais da Inglaterra e do México. Também no mercado financeiro hoje, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, fala sobre meios de pagamento em conferência do Banco de Compensações Internacionais (BIS), no México, que conta com as participações dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Christopher Waller e Lorie Logan (Dallas).
Ainda na agenda econômica local, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dá entrevista a rádios e a um hospital no Rio de Janeiro pela manhã e, à tarde, retorna a Brasília, onde se reunirá com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). O Tesouro faz leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e de Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).
Nos EUA, serão publicados os pedidos semanais de auxílio-desemprego e o custo unitário da mão de obra no quarto trimestre de 2024. Entre os balanços esperados, ConocoPhillips e Bombardier publicam nesta manhã, enquanto a Amazon (AMZO34) após o fechamento dos mercados em Nova York.
Confira os 4 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais reagem a decisões de juros
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, sinalizando continuidade dos ganhos após alívio nas preocupações com tarifas do governo Trump. Espera-se um possível acordo entre Trump e Xi Jinping antes das tarifas chinesas entrarem em vigor em 10 de fevereiro.
As bolsas europeias reagem positivamente a bons resultados corporativos, como o do Société Générale, e dados fortes de encomendas à indústria alemã. A queda do euro e da libra é impulsionada por apostas em corte de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) e pelos planos de Trump de tarifar a União Europeia.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida americana) e o dólar se recuperam, aguardando dados econômicos dos EUA, declarações do Fed e balanços.
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O iene enfraqueceu após três sessões de alta, com expectativa de elevação de juros no Japão. Um membro do Banco do Japão (BoJ) sugeriu a necessidade de aumentar as taxas para cerca de 1% no segundo semestre de 2025.
Lucro do Itaú (ITUB4) salta 15% no quarto trimestre
O Itaú (ITUB4) teve lucro líquido gerencial de R$ 10,884 bilhões no quarto trimestre de 2024, um resultado 15,8% superior ao do mesmo período de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, representa um crescimento de 2%.
O lucro do banco cresceu graças à expansão das margens e das receitas com serviços, associado à redução do custo do crédito, possível diante da queda da inadimplência. Veja o balanço completo nesta matéria.
- Leia mais: Itaú anuncia valor de dividendos e JCP; veja quem tem direito
Commodities ampliam ganhos
O petróleo opera em alta nesta quinta-feira, em recuperação de perdas da véspera, quando recuou mais de 2% em reação a um aumento bem maior do que o esperado nos estoques da commodity nos EUA. Por volta das 8 horas, tanto o barril do tipo WTI, como Brent avançavam 0,80%.
Entre as commodities, o minério de ferro fechou em alta de 1,43%, cotado a 817,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 112,39 nos mercados de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 1,07% no pré-mercado de Nova York, às 8 horas (de Brasília). Enquanto isso, os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) mostravam estabilidade.
Commodities e balanços impactam mercado brasileiro
O Ibovespa hoje pode hesitar diante da alta das commodities e de notícias corporativas locais. A valorização do petróleo pode beneficiar a Petrobras, mas o impacto pode ser reduzido pela decisão do TCU sobre sua política de preços. O setor bancário está no foco após o balanço do Itaú.
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A alta dos rendimentos dos Treasuries pode trazer cautela ao mercado de juros antes do leilão de títulos prefixados, que têm sido evitados pelo mercado. No câmbio, o dólar pode continuar subindo após interromper sequência de quedas no último fechamento.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a alíquota média do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) será de 22% e reforçou seu compromisso de permanecer no cargo até o fim do mandato de Lula. Ele afirmou que a peça orçamentária não terá dificuldades para ser aprovada pelo Congresso, que a ‘bola’ dos supersalários está com o Senado e que não pretende ser candidato à Presidência em 2026.
Esses e outros assuntos ficam no radar do investidor e devem movimentar o mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast
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