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A Tim (TIMS3) apresentou alta de 17,1% no lucro líquido normalizado do quarto trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, chegando a R$ 1,055 bilhão – maior patamar já registrado pela companhia, de acordo com o balanço publicado há pouco. No ano, o lucro líquido subiu 6,8%, totalizando R$ 25,4 bilhões.
O lucro da companhia vem do crescimento do negócio de internet móvel – puxado pelo segmento pós-pago – e de medidas de ganho de eficiência nas operações, com melhora da margem.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado cresceu 6,2% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 3,346 bilhões. A margem Ebitda aumentou 0,3 ponto porcentual, indo a 50,5%.
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O indicador no critério ‘normalizado’ exclui uma série de receitas e despesas que a Tim considera não recorrente.
A receita líquida teve expansão de 5,7% no trimestre, chegando a R$ 6,631 bilhões. A receita com serviços móveis avançou 5,4%, para R$ 6,015 bilhões, enquanto no segmento fixo houve um leve recuo de 0,1%, para R$ 328 milhões. A receita de venda de produtos cresceu 19,6%, para R$ 288 milhões.
No segmento móvel, a receita de pós-pago cresceu 9,5%, com a receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) estável em R$ 43,1. A Tim destacou a migração de clientes para planos de maior valor agregado e níveis baixos de desconexão (churn).
Já a receita de pré-pago encolheu 10,4%, enquanto o Arpu recuou 5,8%, para R$ 14,70. A Tim atribuiu essas quedas ao menor volume de recargas, à base de comparação forte e à migração de clientes.
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Os custos operacionais normalizados aumentaram 5,1%, para R$ 3,285 bilhões. Apesar do incremento, os custos subiram em um ritmo menor que o da receita líquida, abrindo espaço para ganho de margem. O aumento foi puxado pelas despesas com rede e interconexão, que subiram 15,7%, totalizando R$ 1,194 bilhão.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) normalizado gerou uma despesa de R$ 450 milhões no trimestre, estável na comparação anual.
A companhia ampliou em 6,4% seus investimentos, para R$ 1,375 bilhão no trimestre, devido aos desembolsos para reforço da infraestrutura de rede e aumento da cobertura 5G. A operadora ponderou que o volume de investimentos teve efeitos sazonais.
O fluxo livre de caixa subiu 19,6%, totalizando R$ 2,354 bilhões. A Tim terminou o ano com dívida líquida total de R$ 10,5 bilhões e alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida Ebitda) de 0,83 vez.
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“Os resultados de 2024 demonstram a eficiência da nossa estratégia, focada em inovação e qualidade. Entregamos as metas traçadas, fechando mais um ciclo de crescimento em segmentos relevantes”, afirmou o presidente da Tim, Alberto Griselli, em nota para a imprensa. “Estamos prontos para um 2025 de transformação no setor, com a evolução das tecnologias e aumento da competitividade”, emendou.
Projeções de dividendos da Tim
A Tim atualizou as metas (guidances) do seu plano estratégico, com projeções para o ano de 2025 e para o triênio de 2025 a 2027. A companhia manteve a previsão de realizar investimentos anuais na faixa de R$ 4,4 bilhões a R$ 4,6 bilhões, destinados principalmente para infraestrutura de rede e expansão da cobertura 5G.
A operadora divulgou também previsão de crescimento da receita de serviços na ordem de 5% em 2025 e de 5% para o triênio. A estimativa para 2025 indica uma perspectiva de desaceleração na comparação com 2024, quando a receita de serviços cresceu 6,4%.
Para o Ebitda, o guidance da Tim é de crescimento de 6% a 8% para 2025, mesmo patamar para o triênio de 2025 a 2027. Eis aí também a sinalização de uma potencial desaceleração, já que em 2024 o Ebitda da tele aumentou 8%.
Para o fluxo de caixa operacional, a Tim projetou crescimento de 14% a 16% em 2025 e evolução de 11% a 14% até 2027.
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A remuneração aos acionistas foi estimada em R$ 3,9 bilhões a R$ 4,1 bilhões em 2025, e de R$ 13,5 bilhões a R$ 14 bilhões no triênio até 2027.
Na apresentação do guidance, a Tim afirmou que está ajustando a estratégia ao ambiente macroeconômico e setorial no Brasil, prevendo crescimento sustentável das receitas de serviços e do Ebitda. Segundo a tele, isso dará impulso para que o fluxo de caixa operacional siga crescendo, garantindo a evolução da remuneração dos acionistas e reinvestimentos.
A Tim (TIMS3) destacou ainda que, em 2024, alcançou todas as metas propostas para o ano. “O último ano foi marcado por geração de caixa proveniete de dados financeiros e operacionais”, afirmou.