![Logo E-Investidor](https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/themes/e-investidor/assets/v2/imgs/navbar/logo.webp)
![Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset. (Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO)](https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/uploads/2025/02/luis-stuhlberger-fundo-verde_110220251930.jpg-710x473.webp)
O fundo Verde, da gestora fundada por Luis Stuhlberger, realizou algumas mudanças na carteira no mês de janeiro, voltando a aumentar sua exposição a ativos globais. O fundo continua liquidamente vendido em Bolsa brasileira, ou seja, apostando na queda das ações locais, diz a carta de gestão publicada nesta terça-feira (11).
No documento, a Verde destaca que a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, assim como as declarações e anúncios do novo governo, contribuíram para a volatilidade dos ativos globais. Um processo comum no mercado, que tenta “recalibrar as estimativas” frente a uma nova liderança política. O desafio, no caso Trump, é separar o que é ruído do que é sinal.
“Por ora temos visto um governo com baixa tolerância à uma piora relevante dos mercados acionários. E com uma alta velocidade de reversão de decisões, como no caso recente das tarifas impostas ao México e ao Canadá. Segue surpreendendo até aqui a baixa intensidade de medidas tarifárias contra a China”, diz a carta. Foi essa incerteza que fez a Verde zerar as posições em moedas em janeiro.
Publicidade
No Brasil, o bom desempenho dos ativos locais no mês – alta do Ibovespa, valorização do real e queda dos juros futuros – é lida como um movimento técnico, dado que não houve mudança relevante nos fundamentos. “Sem notícias incrementalmente negativas, vimos até aqui uma descompressão deste posicionamento, que permitiu que os preços melhorassem. Esperamos que conforme a agenda de aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda volte à tona nos próximos meses, o mercado deve retomar o olhar para a frágil situação fiscal do país, e demande prêmios de risco maiores.”
Além da aposta na contra a Bolsa brasileira e do aumento da exposição global, o fundo Verde continua comprado em inflação implícita nos EUA, com uma pequena posição aplicada em juro real na renda fixa local e outras posições na parte longa da curval nominal. O documento explica ainda que manteve a alocação em criptomoedas, uma pequena posição comprada em petróleo, assim com os livros de crédito high yield local e global.
Resultado do fundo Verde em janeiro
O Verde teve um desempenho de 1,64% em janeiro, acima do CDI, que rendeu 1,01%. Os ganhos vieram das posições de inflação americana, curva de juros brasileira, e nos livros de trading. No contrapeso, jogaram contra o desempenho do fundo a posição vendida na Bolsa, em um mês em que o Ibovespa subiu 4,86%; e da posição no Renminbi chinês.