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As ações da Hapvida (HAPV3) desabam no pregão desta quarta-feira (12), em um dia dominado pelo pessimismo do mercado após dados de inflação dos Estados Unidos. Além disso, o papel cai forte após disparar 7% no pregão anterior, depois de relatório do Itaú BBA recomendar compra para o papel.
Às 12h27, as ações da Hapvida caiam 6,37%, a R$ 2,35. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 1,43%, a 124.712,59pontos. Em meio a queda, o investidor pode se questionar se a ação está atrativa para compra neste momento. Segundo informações do Broadcast, os analistas se dividem sobre o assunto.
Após uma ampla revisão sobre o impacto de temas sensíveis, como o aumento de litígios no setor de saúde e a deterioração do cenário macro, o Itaú BBA reiterou recomendação outperform (equivalente à compra) para a Hapvida. O preço-alvo é de R$ 4,8 para a ação da empresa, representando um potencial de valorização de 105% em relação ao fechamento do papel no pregão de ontem.
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Em extenso relatório, os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amâncio destacam que, nos níveis atuais, as ações da empresa são negociadas a múltiplos descontados. “Embora os ventos contrários e as incertezas regulatórias para 2025 justifiquem algum ceticismo, a empresa ainda apresenta um forte perfil de geração de caixa, com um rendimento de fluxo de caixa ao acionista (FCFE) de 10%, mesmo sob suposições conservadoras”, afirmam.
Eles calculam que as ações da Hapvida estão sendo negociadas atualmente com múltiplos de 8 vezes o Preço/Lucro (P/L) em 2025 e 6 vezes em 2026, reforçando o quão subvalorizadas elas estão. “Portanto, mantemos nossa recomendação outperform”, afirmam.
Safra tem recomendação neutra para a ação da Hapvida
Ainda nesta semana, o Safra cortou a recomendação de Hapvida de compra para neutra. O corte ocorreu devido ao cenário macroeconômico, que deixou as ações do setor de saúde pouco atrativas. Os profissionais explicam que, com valuations atrativos em outros setores, as ações de saúde perderam apelo devido ao prêmio de risco adicional imposto pela agenda regulatória do setor, o que levou o banco a adotar uma postura mais conservadora.
“Embora vejamos valuations relativamente atrativos em alguns nomes, acreditamos que uma reclassificação aconteceria com a redução de preocupações macroeconômicas e específicas do setor, o que não esperamos que se concretize no curto prazo”, afirmam.
Eles calculam que o setor de saúde está sendo negociado com um múltiplo de Preço/Lucro (P/E) de 11,3 vezes para 2025, representando um desconto de 62% em relação à média dos últimos 5 anos. Além disso, o prêmio do setor sobre o Ibovespa (excluindo Petrobras e Vale) se comprimiu significativamente, agora em 50%, em comparação à média de cinco anos de 162%.
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“Acreditamos que essas métricas de valuation sugerem um perfil risco-retorno atrativo para investidores dispostos a suportar a volatilidade e manter suas posições no longo prazo, oferecendo um potencial de alta relevante, assumindo que os desafios atuais eventualmente diminuem. Vale mencionar que a volatilidade deve permanecer alta até que as preocupações macroeconômicas e setoriais se dissipem”, afirmam.
Sobre Hapvida, eles destacam que as dinâmicas operacionais da empresa estão melhorando, independentemente do agravamento nas provisões, o que os leva a acreditar que a ação está sendo penalizada por um prêmio de risco acima da média. Segundo eles, isso pode oferecer uma oportunidade atrativa assim que as preocupações macroeconômicas e setoriais melhorarem.
Ou seja, a ação pode disparar 91,6%, como projeta o Itaú BBA. No entanto, para uma alta expressiva, há um risco de forte queda do papel. Nos dois últimos pregões, com o papel da Hapvida (HAPV3) disparando 7% ontem e caindo 6% hoje, podem apontar para esse movimento. Por isso, antes de aportar no papel, o ideal é saber se o perfil do investidor comporta esse ativo de risco.
*Com informações do Broadcast.
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