A agenda econômica da semana traz apostas para os juros, nos Estados Unidos, com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de janeiro e a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação, de fevereiro baliza as expectativas para o ciclo de alta da Selic. Nesta segunda-feira (24), o mercado financeiro hoje acompanha o boletim Focus.
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Aina na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja ao Rio Grande do Sul para cerimônia de assinatura do contrato de navios da Transpetro pelo Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento na B3 sobre investimentos em Infraestrutura no Brasil.
A agenda desta semana tem como destaque local o IPCA-15 de fevereiro, que sai na terça-feira (25). Quarta-feira (26) é dia de Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro e relatório mensal da dívida pública de janeiro.
Na quinta-feira (27), são esperados o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de fevereiro, nota do setor externo de janeiro, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua de janeiro e resultado do Governo Central.
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Entre os balanços, estão: Alpargatas, Azul (AZUL4) – veja aqui o resultado –, Vibra Energia, MRV nesta segunda-feira, após o fechamento dos mercados; CBA, RD Saúde, Telefonica Brasil (Vivo), IRB Re na terça-feira; Rede D’Or, Ambev, Braskem, BRF, Cosan, Klabin, Marfrig, Petrobras (PETR3; PETR4), Ultrapar na quarta-feira; Copel, Embraer, Fleury, Localiza na quinta-feira – veja o calendário completo.
No exterior, nesta segunda-feira, sai o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro e, na terça-feira, o do Japão. Também na terça, será conhecido o PIB da Alemanha. Na quinta-feira, o BCE publica a ata da reunião de política monetária, e os Estados Unidos divulgam seus PIB, PCE e pedidos iniciais por seguro-desemprego.
Na sexta-feira (28), é a vez da Alemanha divulgar seu IPC e vendas no Varejo, enquanto a China divulga seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto.
Mercado financeiro hoje: os principais assuntos desta segunda-feira
Bolsas internacionais acompanham eleições na Alemanha e CPI
O sinal positivo predomina nas bolsas internacionais e a Bolsa de Paris é exceção. As demais na Europa sobem com a vitória da aliança conservadora na eleição para o Parlamento da Alemanha e após o índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro acelerar para 2,5% em janeiro, confirmando estimativas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou a vitória da extrema direita na Alemanha.
No domingo (23), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que está disposto a renunciar ao cargo se isso significar paz na Ucrânia. Seu comentário veio dias após Trump o chamar de “ditador sem eleições”.
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O Deutsche Bank acredita que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve anunciar em seu encontro de 19 de março uma pausa no processo de retirada de títulos de seu balanço patrimonial, com implementação da medida em abril.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem, depois de caírem por três sessões consecutivas. O dólar hoje opera em baixa ante euro e libra, revertendo movimento do fim da semana passada, enquanto investidores digerem o resultado da eleição na Alemanha e aguardam dados europeus e dos EUA.
Boletim Focus traz nova escalada da inflação
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (24), as projeções para os principais indicadores da economia. Entre eles, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a taxa Selic – veja mais aqui.
A mediana do IPCA para 2025 subiu de 5,60% para 5,65%, mantendo-se acima da meta (4,50%), segundo o relatório do BC. Em 2026, passou de 4,35% para 4,40%. Já em 2027, a mediana da inflação no Brasil permaneceu em 4,00% Nos cenários mais longos, passou de 3,80% para 3,79% em 2028.
Já as projeções do Boletim Focus para a Selic2025permaneceram em 15% e em 12,50% em 2026. Já em horizontes mais longos, permaceneram em 10,50% em 2027 e 10% em 2028.
Commodities: petróleo avança e minério recua
Entre as commodities hoje, o petróleo tem leve alta, abaixo de 0,10%, após queda de mais de 2% na sexta-feira (21), enquanto investidores seguem atentos à questão da Ucrânia. Já o minério de ferro fechou em queda de 0,77%, cotado a 832,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 114,79 nos mercados de Dalian, na China.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,59% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h25 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,88% no mesmo horário.
O que esperar para o Ibovespa hoje?
O Ibovespa hoje pode acompanhar o tom positivo em Nova York em meio aos sinais distintos das commodities. Às 8h27, o EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York subia 1,45% no pré-mercado.
O ministro-chefe a Casa Civil, Rui Costa, disse no sábado (22) que não existe uma nova crise relacionada à suspensão das linhas subsidiadas do Plano Safra 2024/2025. Costa reconheceu, no entanto, que há “dificuldades” relacionadas à não aprovação do orçamento, mas que será encontrada uma solução para dar continuidade às liberações.
O presidente Lula deve deixar a reforma ministerial para março, após o carnaval, segundo o chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa. Segundo o jornal O Globo, Lula já decidiu trocar Nísia Trindade por Alexandre Padilha no Ministério da Saúde, o que pode ocorrer em breve e repercutir no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast
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