

O Ibovespa hoje fechou em alta, enquanto as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguiram no radar. Nesta quinta-feira (6), a principal referência da B3 subiu 0,25%, aos 123.357,55 pontos, depois de oscilar entre máxima a 124.111,95 pontos e mínima a 122.680,93 pontos.
“Está todo mundo com medo dos efeitos das tarifas, tentando medir quem será mais ou menos prejudicado. O mercado está muito arisco”, pontua especialista da Star Desk, Felipe Santana. Existe o temor de que as taxas gerem mais inflação nos EUA e no mundo. Assim, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Filadélfia, Patrick Harker, disse estar preocupado de que a queda da pressão inflacionária no país esteja em risco.
Até o momento, o governo Lula decidiu não responder à nova menção do presidente americano à cobrança de tarifas excessivas pelo Brasil e à ameaça de adoção de reciprocidade. Na reunião de hoje, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, deve falar com Howard Lutnick, o Secretário do Comércio dos EUA, sobre as tarifas anunciadas pelo país norte-americano que devem afetar produtos brasileiros, em especial o aço e o alumínio, cuja sobretaxa já tem previsão de entrar em vigor na próxima quarta-feira (12).
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Por aqui, a valorização do Ibovespa hoje foi impulsionada pelos ganhos das ações ligadas ao setor de metais, em meio à promessa de estímulos pela China, principal parceiro comercial do Brasil e grande comprador de minério de ferro da Vale (VALE3). Quem liderou as altas do setor na sessão foram os papéis da CSN Mineração (CMIN3), que avançaram 3,59%. A VALE3, por sua vez, subiu 1,10%.
Do lado oposto, as ações da Marcopolo (POMO4) tombaram 8,60% e registraram a maior baixa do dia. Outro papel que se saiu mal foi o Magazine Luiza (MGLU3), que caiu 2,34%. Ativos da varejista reagiram à decisão do JPMorgan de rebaixar a recomendação da empresa para underweight (equivalente à venda), ante classificação anterior neutra, com preço-alvo de R$ 7,50.
Em relatório, o banco diz enxergar a companhia atualmente como “muito alavancada. “Com o novo preço-alvo de R$ 7,50, vemos um potencial de alta limitado”, destacam, lembrando que as ações são negociadas com prêmio em relação a outros pares de varejo no quesito preço/lucro para 2025 e 2026.
No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje subiu 0,06%, a R$ 5,7597. Na véspera, a moeda americana fechou em baixa de 2,71%, a R$ 5,7560.
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*Com informações do Broadcast