O péssimo início de ano da Tesla continua piorando.
As ações do fabricante de veículos elétricos caíram mais de 15% na segunda-feira, elevando suas perdas totais em 2025 para mais de 40%. A queda de segunda-feira apagou cerca de US$ 127 bilhões do valor de mercado da montadora. A Tesla agora perdeu todos os seus ganhos desde a eleição de Donald Trump para a presidência em novembro.
Por outro lado, as ações de companhias de veículos elétricos da China tiveram um dia relativamente bom, mesmo após o banho de sangue nos mercados dos EUA. O gigante de VE BYD registrou uma alta de 1,3% em Hong Kong, trazendo seus ganhos acumulados no ano para pouco mais de 35%. A Li Auto, uma grande produtora de híbridos plug-in, subiu 2,3%. As ações de Hong Kong da Xpeng saltaram impressionantes 8,7%, um dia depois de o presidente dizer que o concorrente da Tesla começará a produção em massa de seu carro voador até 2026.
O índice Hang Seng mais amplo reduziu as perdas da manhã para terminar o dia estável.
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O fabricante de VE de Elon Musk enfrenta uma concorrência acirrada na China, em comparação com seu mercado doméstico nos EUA. Os carros da BYD são mais acessíveis, enquanto startups como Nio e Xpeng oferecem recursos avançados e software, como assistência à direção. A Tesla só obteve permissão para lançar seus próprios recursos de assistência à direção em fevereiro.
A Tesla relatou um declínio acentuado de 49% nas vendas na China em fevereiro, ano a ano, embora a queda tenha sido exagerada pela pausa na produção do fabricante de carros dos EUA antes do lançamento de um Model Y remodelado. As vendas de fevereiro da BYD, por outro lado, aumentaram 161% (embora esse número possa ter sido artificialmente inflado pelo Ano Novo Chinês tardio de 2024).
A BYD estava a apenas cerca de 25.000 carros de ultrapassar a Tesla para se tornar a maior vendedora mundial de EVs a bateria em 2024.
A popularidade de Musk na China
Musk é uma figura popular na China, graças à sua imagem de empreendedor de sucesso e seu apreço público pelos seus funcionários chineses. A Tesla foi uma das primeiras apoiadoras do setor de VE da China, por meio de sua gigafábrica em Xangai.
Pequim também cultivou seu relacionamento com Musk. O vice-presidente Han Zheng fez uma visita ao CEO da Tesla a caminho da posse de Trump no início deste ano.
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Mas as visões da China sobre Musk podem estar mudando.
Os comentários do CEO da Tesla de que a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) financiou “pesquisa de armas biológicas, incluindo COVID-19” circularam nas redes sociais chinesas no início deste ano, de acordo com o South China Morning Post, com alguns resmungando que Musk estava reabrindo feridas antigas sobre as origens da COVID.
Na segunda-feira, a Associação de Carros de Passageiros da China, que acompanha as vendas de carros na segunda maior economia do mundo, fez um comentário raro sobre a política de Musk e como isso pode afetar as vendas.
“Como um empresário de sucesso, deve-se abraçar 100% do mercado: Trate todos bem, e todos serão bons em troca”, disse o secretário-geral da CPCA, Cui Dongshu, durante um briefing na segunda-feira, de acordo com a Bloomberg. Isso não é possível na política, continuou ele, já que “metade dos eleitores será amigável com você, e metade deles não será.”
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Essa polarização é o “risco inevitável que veio depois que [Musk] obteve sua glória pessoal”, acrescentou.
O apoio de Musk ao presidente dos EUA está prejudicando a marca da Tesla em outros mercados. As vendas da empresa em mercados europeus como Alemanha e França despencaram.
Os concorrentes da Tesla também estão aproveitando a oportunidade para criticar. A Kia Noruega chamou a atenção quando sua conta de mídia social postou uma foto de seu EV3, com um adesivo dizendo: “Comprei isso depois que Elon enlouqueceu.” (O anúncio agora se foi, com a sede coreana da Kia dizendo que nunca aprovou o anúncio.)
Otimismo chinês
As ações chinesas, particularmente no setor de tecnologia, se recuperaram este ano graças à DeepSeek e seus modelos poderosos, eficientes e baratos. O Índice Hang Seng Tech, que rastreia empresas de tecnologia listadas na cidade chinesa de Hong Kong, subiu mais de 35% em 2025.
Na segunda-feira, o Citi elevou as ações chinesas para overweight, citando o surgimento da DeepSeek e o apoio de Pequim ao setor de tecnologia.
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Isso contrasta com os EUA, onde as empresas de tecnologia estão despencando por causa de tarifas e medo de recessão de Trump. As empresas de tecnologia dos EUA, incluindo a Tesla, perderam um total combinado de US$ 750 bilhões na segunda-feira. O índice Nasdaq 100 caiu 3,8%.
Esta história foi originalmente apresentada no Fortune.com
*Esta história foi originalmente publicada na Fortune.com (c.2024 Fortune Media IP Limited) e distribuída por The New York Times Licensing Group. O conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.
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