

O dólar futuro recuava no pré-mercado desta terça-feira (8) em meio à continuidade da guerra comercial entre Estados Unidos e China. O governo chinês voltou a manter posição firme após as últimas ameaças do presidente americano, Donald Trump, e anunciou uma série de medidas para acalmar o mercado local.
Às 08h08 (de Brasília), o índice dólar futuro recuava 0,07%, a 102,902 pontos. Na noite de segunda-feira (7), o presidente dos EUA voltou a afastar qualquer possibilidade de recuar na estratégia tarifária adotada por seu governo. “Não estamos olhando para isso”, afirmou, ao ser questionado sobre uma eventual suspensão das tarifas impostas a parceiros comerciais. Segundo ele, o uso de tarifas como instrumento de pressão tem funcionado: “Se eu não fizesse o que fiz com tarifas, ninguém iria tentar negociar.” Ainda ontem, a Casa Branca também desmentiu boatos de que o republicano iria pausar as tarifas por 90 dias.
Após as declarações, a China mostrou na terça-feira que não vai ceder. Segundo informações do The New York Times, o Ministério do Comércio da China afirmou que o país “lutará até o fim” e tomaria contramedidas contra os Estados Unidos diante das tarifas de Trump. Vários departamentos governamentais e empresas estatais prometeram “manter a operação tranquila do mercado de capitais”. O Banco Popular da China, banco central do país, prometeu apoiar o Central Huijin Investment, o braço do fundo soberano do país que disse que estava aumentando suas participações em fundos de ações.
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Além disso, dezenas de empresas, muitas das quais eram de propriedade do governo, anunciaram que estavam recomprando algumas de suas ações, uma medida que normalmente eleva os preços das ações. As falas do governo chinês surgiram após o mercado apresentar forte turbulência na véspera.
Ontem, o índice Hang Seng despencou 13,22% em Hong Kong, a 19.828,30 pontos, no maior tombo diário desde a crise financeira asiática de 1997. Para saber como os mercados asiáticos fecharam nesta terça-feira e o como as Bolsas europeias operam e o termômetro do mercado, que influência do dólar, leia esta reportagem.
*Com informações do The New York Times