

A velocidade de vendas da Tenda (TEND3) atingiu 26% no primeiro trimestre de 2025, ante 23% no trimestre anterior, com lançamentos melhores que o esperado, conforme avalia o Itaú BBA.
Os lançamentos da Tenda alcançaram R$ 921 milhões em valor geral de vendas (VGV), 15% acima dos números do Itaú. Além disso, tiveram aumento de 32% no preço médio por unidade lançada da Alea, braço para a construção de casas de madeira, para R$ 250 mil, após um lançamento premium em Taubaté, interior de São Paulo.
As vendas líquidas da Tenda estiveram alinhadas com os números do Itaú BBA, em R$ 1,088 bilhão. “Isso impulsionou a velocidade de vendas para 26%, acima dos 23% no quarto trimestre de 2024”, escrevem os analistas Daniel Gasparete, Luiz Capistrano, Mariangela Castro e Alejandro Fucs.
Eles destacam que a empresa está sendo negociada a 4,7 vezes a relação entre preço e lucro (P/L) de 2025.
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Do setor de construção, Cury e Direcional são as principais escolhas do banco, já que as empresas representam maior potencial de captação de benefícios em possíveis revisões do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
O Itaú BBA tem recomendação market-perform (equivalente à compra) para as ações da Tenda, com preço-alvo de R$ 15, o que representa potencial valorização de 9,09% frente ao último fechamento do papel (R$ 13,75)
Visão do BTG sobre dados da Tenda
Os dados de lançamentos e vendas divulgados pela Tenda referentes ao primeiro trimestre mostraram um bom começo de ano para a empresa, na visão dos analistas de construção civil Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, do BTG Pactual.
“A Tenda reportou fortes resultados operacionais no trimestre, com lançamentos robustos, bom crescimento de vendas e sólidos repasses de clientes para os bancos”, descreveram os analistas, em relatório.
Eles citaram que as vendas líquidas da companhia foram de R$ 1,1 bilhão, alta de 13% na comparação anual e ligeiramente acima da projeção do banco. Desse total, R$ 988 milhões em vendas foram da marca Tenda e R$ 100 milhões da marca Alea.
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Os lançamentos do grupo totalizaram R$ 921 milhões, crescimento de 21% na comparação anual e 11% mais que o estimado pelo banco. No trimestre, 15% dos lançamentos já foram vendidos.
Além disso, a Tenda informou que os repasses de clientes para o financiamento bancário movimentaram R$ 772 milhões no trimestre, crescimento de 29% na comparação anual, o que deve sustentar uma forte geração de caixa para o trimestre, na visão dos analistas.
“Permanecemos confiantes na trajetória da empresa, pois observamos sinais claros de que o pior já passou”, afirmaram os analistas do BTG Pactual.
Eles acrescentaram que a alavancagem da Tenda (TEND3) está em queda, enquanto as margens e o ROE estão melhorando, e a Alea está ganhando escala. Diante disso, foi reiterada a recomendação de compra para as ações, que são negociadas a um múltiplo considerado atrativo de 4 vezes o Preço/Lucro (P/L) estimado para 2025.
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