

O Ibovespa hoje inicia as negociações desta quarta-feira (16) com uma queda de 0,15%, aos 129.048,75 pontos. O recuo é influenciada pelo mau humor dos mercados com os novos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Na terça-feira (15), a Nvidia (NVDA) informou que a Casa Branca implementará um requisito de licença para exportar seus chips AI H20 para a China e outras cinco nações digitais. A restrição comercial deve resultar em US$ 5,5 bilhões de encargos, segundo os cálculos prévios da empresa.
O anúncio pesou no mau humor dos investidores. Por volta das 10h20 (horário de Brasília), os papéis da Nvidia caem mais quase 7%. A queda pressiona o desempenho dos índices futuros de Nova York, especialmente o Nasdaq. Essa aversão ao risco dos mercados também reflete outras tentativas do presidente americano, Donald Trump, em isolar comercialmente a China. Ontem, o republicano disse que o governo pode pedir aos países que escolham entre os Estados Unidos e a China nas negociações comerciais.
Além disso, a Casa Branca informou que o gigante asiático está sujeito a pagar tarifas de até 245% para exportar seus produtos para os EUA caso o país receba novas medidas retaliatórias. Atualmente, o tarifas americanas sobre as importações chinesas é de 145%, o que representaria em um aumento de 100 pontos porcentuais. Já o governo chinês elevou, no fim de semana, as tarifas retaliatórias sobre os produtos dos EUA de 84% para 125%.
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Por aqui, a queda do minério de ferro deve pressionar o desempenho das ações da Vale (VALE3) que possui um peso relevante na carteira teórica do Ibovespa. A mineradora também está sujeita à repercussão do mercado sobre os resultados do seu relatório de produção e de vendas do primeiro trimestre que foi divulgado nesta terça-feira (15). Os investidores também vão repercutir o projeto de Lei Orçamentária de 2026, enviado ao Congresso. O texto já ajudou a impulsionar os juros futuros no fim da tarde de ontem. Já o dólar hoje opera recua 0,17% contra o real, sendo cotado a R$ 5,8758.
Bolsas asiáticas fecham em baixa
As Bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa no pregão desta quarta-feira (16), diante das incertezas geradas a partir da guerra comercial travada entre Estados Unidos e China. As implicações para a economia global continuam agora com um novo capítulo: a China proibiu aéreas de receber entregas de jatos da empresa americana Boeing. A Bolsa de Tóquio fechou em baixa com o índice Nikkei recuando 1,01% a 33.920,40 pontos.
O ministro da Economia do Japão, Ryosei Akazawa, planeja visitar Washington de quarta a sexta-feira para se reunir com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e com o representante comercial Jamieson Greer, afirmando que está aberto a solicitações do governo de Donald Trump. Na quarta-feira o governo chinês também anunciou os resultados da economia no primeiro trimestre com um crescimento de 5,4% no PIB.
O sul-coreano Kospi, fechou em queda de 1,21% a 2.447,43 pontos, o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,91% a 21.056,98 pontos, enquanto o Taiex caiu 1,96% em Taiwan. Na China continental as Bolsas fecharam sem direção única com o Xangai composto em alta de 0,26% a 3.276,00 pontos. O menos abrangente Shenzhen composto recuou 1,10%. Na Oceania o S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,4% chegando a 7.758,90 pontos.
Bolsas europeias abrem pregão em baixa
As Bolsas europeias também foram influenciadas pelas incertezas sobre a guerra comercial entre EUA e China. No início do pregão, a Bolsa de Londres caía 0,14%, a de Frankfurt recuava 0,61% e a de Paris cedia 0,57%.
As Bolsas de Milão, Madrid e Lisboa registravam perdas de 0,66%, 0,02% w 0,07%, respectivamente.
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*Com informações de Broadcast