

A China criticou, nesta segunda-feira, 21, os países que estão negociando políticas tarifárias com os Estados Unidos na tentativa de “apaziguar” a nação comandada pelo presidente Donald Trump. O país também se reafirmou contra quaisquer acordos comerciais de terceiros que prejudiquem seus interesses, favorecendo aos EUA em seu detrimento.
A declaração, feita em comunicado pelo Ministério do Comércio da China, vem após os governos de Taiwan, Japão e Coreia do Sul iniciarem negociações com Washington. “A China se opõe firmemente a qualquer parte que chegue a um acordo às custas dos interesses da China”, afirma a mensagem.
“Se isso acontecer, a China jamais aceitará e tomará resolutamente contramedidas de forma recíproca. A China está determinada e é capaz de salvaguardar seus próprios direitos e interesses”, finaliza.
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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse no início deste mês que os países que atualmente negociam acordos comerciais com os EUA deveriam “abordar a China como um grupo”, juntamente com Washington.
O ministério classificou a tentativa como “intimidação econômica”.
Repercussão na Ásia
Economias exportadoras como Vietnã e Japão correram para negociar um acordo sobre tarifas com Washington, aproveitando uma extensão parcial de 90 dias.
O primeiro-ministro japonês, Shigero Ishiba, disse no sábado, 19, que as negociações de seu país com os Estados Unidos poderiam ser um “modelo para o mundo”.
Enquanto isso, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, iniciou uma visita à Índia nesta segunda-feira, enquanto os dois países negociam um acordo comercial.
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Como parte da guerra comercial de Trump, o governo dos EUA reduziu de US$ 2.500 para US$ 800 em 5 de abril o limite no qual os pacotes enviados a indivíduos devem ser processados pelos serviços alfandegários.
Além disso, removeu uma isenção de impostos para pequenos pacotes enviados da China, uma medida aparentemente destinada a atingir varejistas on-line como Temu e Shein.
Em resposta, a gigante global de logística DHL anunciou a suspensão “temporária” de envios de pacotes para os Estados Unidos avaliados em mais de US$ 800, a partir desta segunda-feira.