A Alupar (ALUP11) pagadividendos modestos, mas tem grande potencial de crescimento no curto e médio prazo. Com 42 concessões em operação e 15 em implantação até 2029, a empresa atua no Brasil, Colômbia, Chile e Peru. A maioria dos ativos está indexada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas alguns são corrigidos pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), e uma pequena parte é dolarizada. Além disso, a Alupar também atua no segmento de geração de energia.
O endividamento da Alupar é de 3,5 vezes dívida líquida/Ebitda. Segundo João Pedro Zanott, analista do EQI Research, embora novos projetos possam pressionar a dívida no curto prazo, há espaço para redução dessa alavancagem à medida que os projetos entram em operação, gerando mais caixa. “O endividamento está sob controle e não representa um risco imediato para os dividendos”, afirma Zanott.
Luan Alves, head de ações da Leveraged Capital, prevê que Alupar manterá um nível semelhante de dividendos como em 2024 (R$ 1,33 por ação, com yield de 4,98%). “O lucro vai aumentar nos próximos anos, e com ele os dividendos, que inicialmente parecem baixos”, comenta.
O dividend yield esperado para 2025 é entre 4% e 4,5%, abaixo de Taesa (TAEE11) e Isa Energia, mas o retorno pode ser potencializado com recompras de ações. No entanto, a estratégia da empresa mistura crescimento e dividendos.
Alves também destaca que a companhia está fechando bons contratos, incluindo alguns em dólar, e investimentos com altas taxas de juros reais (acima de 10%), o que deve beneficiar o investidor a longo prazo. Para quem comprar agora o retorno em dividendos pode ser exponencial em 5 anos.
Sobre o 1° TRI25, Zanott prevê algumas surpresas negativas devido ao curtailment – redução forçada do uso das usinas, principalmente em fontes renováveis como solar e eólica, Alupar tem cerca de 20% disso.
“Esse fator vai pressionar negativamente as receitas e gerar custos adicionais com compra de energia no mercado de curto prazo”, aponta o analista da EQI.
No entanto, ele não espera grandes mudanças na receita de transmissão, já que os reajustes de RAP só ocorrem no terceiro trimestre.
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No 4TRI24, a receita líquida foi de R$ 1,123 bilhão e o lucro líquido de R$ 418,3 milhões.
Qual pagaria mais por mês olhando os últimos 5 anos?
Levantamento de Fábio Sobreira, sócio e analista da Rocha Opções de Investimento, revela quanto rendem R$ 100 mil investidos nas transmissoras, anual e mensalmente. Será que já dá para ter um bom trocado? Ele utilizou o dividend yield médio (retorno em dividendos) dos últimos cinco anos.
Spoiler: já dá para pagar uma conta de luz pelo menos. Veja: