

As ações da Weg (WEGE3) sofrem na Bolsa brasileira nesta quarta-feira (30) e lideram as perdas do Ibovespa no dia. Às 15h31, os papéis derretem 10,42% cotados a R$ 45,21. Ao longo da sessão, já oscilaram entre máxima a R$ 47 e mínima a R$ 44,85.
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As ações da Weg (WEGE3) sofrem na Bolsa brasileira nesta quarta-feira (30) e lideram as perdas do Ibovespa no dia. Às 15h31, os papéis derretem 10,42% cotados a R$ 45,21. Ao longo da sessão, já oscilaram entre máxima a R$ 47 e mínima a R$ 44,85.
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A empresa reportou um lucro líquido de R$ 1,546 bilhão no primeiro trimestre de 2025, o que representa alta de 16,4% em relação ao resultado apurado no mesmo período de 2024. Em relação ao último trimestre do ano passado, houve redução de 8,8%.
No balanço da Weg, o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 2,173 bilhões entre janeiro e março deste ano, montante 22,8% superior ao reportado nos três primeiros meses do ano passado. Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve queda de 9,0%.
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Já a receita operacional líquida (ROL) somou R$ 10,078 bilhões nos primeiros três meses de 2025, o que equivale a uma alta de 25,5% ante o registrado em igual período do ano passado. Na comparação com o desempenho entre outubro e dezembro de 2024, porém, a variação foi negativa em 6,9%.
Para analistas, o grande problema do resultado da Weg foi a piora no mix de vendas, com maior peso de segmentos de ciclo curto, como o de energia solar, que tem margens mais baixas. Por outro lado, houve uma redução dos produtos das áreas de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais (EEI) e Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD).
“As receitas líquidas não atingiram as expectativas nos segmentos EEI e GT&D, e as margens brutas foram pressionadas pela maior mistura de energia solar, que tem pior lucratividade. Houve também pressão de custos de insumos mais altos, notadamente o aço”, pontuou o analista Andre Mazini, do Citi.
O banco, porém, manteve a recomendação de compra para Weg, com preço-alvo de R$ 62,00 por ação, o que representa um potencial de valorização de 22,8% em relação ao último fechamento do papel.
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Na avaliação da equipe da Genial Investimentos, outro fator que pesou sobre os números foi a valorização do real, que afetou tanto a receita quanto a lucratividade da operação internacional.
A Genial também aponta o Retorno Sobre Capital Investido (ROIC), que recuou 5,7 pontos percentuais na comparação anual para 33,2%. “O ROIC menor reflete o efeito natural da consolidação das aquisições recentes, cujos retornos ainda estão abaixo da média histórica da companhia. Ainda assim, o patamar reportado já está próximo da expectativa consolidada para 2025, considerando as integrações em andamento”, afirma em relatório.
O time da XP Investimentos, por sua vez, explica que, embora alguma contração da rentabilidade estivesse implícita na sazonalidade mais fraca do primeiro trimestre para a empresa, o nível de margem EBITDA de 21,6% foi um destaque negativo, levantando questões sobre a rentabilidade estrutural à frente.
Após três trimestres de lucro abaixo das expectativas, a corretora acredita que os resultados recentes corroboram algumas das preocupações dos investidores em relação à tese de investimento da Weg. O entendimento é de que o balanço oferece espaço limitado para revisões para cima dos resultados no curto prazo.
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“Embora mantenhamos nossa recomendação de compra, sustentada por fundamentos positivos de longo prazo, vemos preocupações razoáveis em relação aos potenciais impactos diretos e indiretos de uma desaceleração macroeconômica global no crescimento dos lucros da Weg“, destaca ainda.
*Com informações do Broadcast
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