Os fundos de investimento em infraestrutura (FI-Infra) devem se consolidar como os principais produtos listados em um prazo de cinco anos, na avaliação de Ulisses Nehmi, CEO da Sparta. Para ele, os ativos do tipo, assim como os que investem no agronegócio (Fiagro), têm potencial para ganhar muito mais espaço no mercado de capitais.
“Comparando com o mercado imobiliário, dá para projetar que, com a evolução dos fundos de infra, eles sejam muito maiores em liquidez e patrimônio. Porque o tamanho das operações de infra é muito maior”, disse Nehmi, em painel no evento TAG Summit.
Ele espera que os fundos do tipo sejam os mais líquidos futuramente. Para este caminho ser percorrido, o executivo enxerga que os investidores profissionais devem ter mais proximidade com o produto. “Existe um certo preconceito de que é um tipo de fundo para a pessoa física.”
Os fundos com perfil high grade, especificamente, têm distorções que podem ser pontos interessantes de entrada para investidores institucionais, avalia Nehmi. “Provavelmente não serão posições estruturais, mas oportunísticas para capturar essas distorções”, diz.
O executivo vê mais oportunidades nos FI-Infras do que na compra direta das debêntures incentivadas. Isso porque os papéis estão com mais desconto, segundo Nehmi. “São as mesmas debêntures incentivadas, mas que já vêm com um ‘síndico’ monitorando a gestão, a diversificação de ativos.”
A Sparta é uma gestora com cerca de R$ 16 bilhões sob gestão, focada em renda fixa e crédito privado no Brasil.