No acumulado de 2025, o fundo macro da Verde Asset rende 4,75%. O CDI, 4,07%.
Os ganhos de abril vieram das posições em moedas e criptomoedas, nos livros de ações no mercado doméstico e em juro real. Para maio, a Verde zerou a posição em dólar, iniciando outras compradas em ouro e em real. A alocação em cripto também aumentou, enquanto a posição comprada em petróleo foi zerada. A gestora segue zerada em bolsa brasileira e levemente vendida em bolsa global.
Na carta, a Verde destaca que o “Dia da Libertação” e o “caricato choque de tarifas” de Trump devem marcar o início da redução da hegemonia americana e do dólar sobre os mercados globais. “Os investidores de fora dos EUA passaram os últimos dez anos aumentando sistematicamente sua exposição aos ativos americanos (não sem razão, dada excelente performance) e agora vivemos os estágios iniciais de um processo estrutural de realocação de capital”, diz.
Esse rearranjo de fluxos tende a se refletir de maneira importante sobre moedas e mercados acionários, ainda que as semanas finais de abril tenham sido marcadas por uma recuperação daquele primeiro choque causado pelas tarifas. O movimento parece um “otimismo exagerado” para a Verde, que acredita que os efeitos micro e macro do tarifaço ainda devem afetar as empresas, consumidores e a economia americana. A incógnita agora é a magnitude dessa desaceleração e se ela colocará a maior economia do mundo em recessão.
No mercado brasileiro, a gestora vê pouco impacto do noticiário local na precificação dos ativos, que também passou por um período mais positivo em abril. “A maioria das ações seguiu comprimindo prêmio de risco, e acreditamos que a melhor alocação hoje é nas NTN-Bs da parte intermediária da curva.”