- Para o BTG, a receita líquida de R$ 423 milhões e o Ebitda regulatório de R$ 302 milhões vieram alinhados às projeções do banco, superando em 12% e 17%, respectivamente, os números do quarto trimestre de 2019
- A XP, por sua vez, tem uma avaliação negativa dos resultados da companhia
- O Credit Suisse também avaliou os resultados operacionais regulatórios ligeiramente fracos
Na quarta-feira (3), a Taesa (TAEE11) divulgou os resultados do quarto trimestre de 2020. Com números abaixo das expectativas do mercado, as recomendações são neutras para o papel da empresa brasileira de transmissão de energia elétrica.
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Para o BTG, no último trimestre de 2020, a receita líquida de R$ 423 milhões e o Ebitda regulatório de R$ 302 milhões vieram alinhados às projeções do banco, superando em 12% e 17%, respectivamente, os números do quarto trimestre de 2019.
“O lucro líquido totalizou R$ 94 milhões, ficando abaixo de nossos números por conta de despesas financeiras acima do esperado e menor linha de equivalência patrimonial”, escreve João Pimentel, analista do BTG. O banco tem recomendação neutra para o papel TAEE11 e preço-alvo de R$ 32.
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A XP, por sua vez, tem uma avaliação negativa dos resultados da companhia, considerando o Ebitda ajustado de R$ 334 milhões, 8,5% abaixo da estimativa de R$ 364,8 milhões da casa.
“No entanto, destacamos como positivo que a empresa manteve sua prática de distribuição de proventos nos patamares elevados, refletindo o forte potencial de geração de caixa da companhia e o menor perfil de risco do setor de transmissão de energia”, escrevem Gabriel Francisco e Maira Maldonado, analistas da XP. A casa permanece com recomendação neutra para Taesa, com um preço-alvo de R$ 32.
Nesta quinta-feira (4), o diretor presidente da empresa, André Augusto Telles Moreira, afirmou que a companhia tem boas perspectivas de entregar obras de projetos em andamento em 2021, “bem antes” do cronograma da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O objetivo é potencializar ainda os retornos dos empreendimentos.
O Credit Suisse também avaliou os resultados operacionais regulatórios ligeiramente mais fracos do que o esperado pelo consenso de mercado. A justificativa é por conta dos custos gerenciáveis mais elevados, apesar da contribuição de novos ativos, receitas de reforço e ajuste anual da RAP (Receita Anual Permitida) favorável pela inflação.
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“Os resultados financeiros perderam as estimativas devido a piores despesas financeiras”, ressaltam Carolina Carneiro, Rafael Nagano e João Rodrigues, analistas do banco suíço.
Entre os destaques positivos, o CS cita o aumento da receita líquida regulatória da Taesa, de 12,8% na comparação anual, devido a fatores como a aquisição da São João, São Pedro e Lagoa Nova (antiga Rialma). O banco também manteve a recomendação neutra para a ação da companhia, com preço-alvo de R$ 29,70, o que indica uma queda potencial de 3,41% em relação aos R$ 30,75 negociados no pregão desta quarta-feira (3).
Até às 17h20 desta quinta (4), o papel TAEE11 era negociado na B3 com alta de 5,14%, aos R$ 32,33. No mês, as ações acumulam alta de 5,83%, e no, desvalorização de 3,00%.