Veja detalhes sobre a operação e cotação do dólar hoje. (Foto: Adobe Stock)
O dólar à vista oscilou entre perdas e ganhos ao longo da sessão desta quarta-feira (14), mas conseguiu fechar o dia no campo positivo com uma alta de 0,43%, cotado a R$ 5,6327. A pressão de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, por cortes de juros após a divulgação de dados de inflação abaixo do esperado foi uma das causas para a volatilidade da moeda americana. O fôlego também acompanhou a performance de algumas bolsas americanas. Os índices S&P 500 e Nasdaq encerram o dia com avanços de 0,10% e de 0,72%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,21%.
“O mercado adotou uma postura mais cautelosa ao longo do dia. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, também voltou a subir, em sinal de um reposicionamento de curto prazo após oscilação nas expectativas sobre os juros norte-americanos”, diz Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T XP.
Mais cedo, a divisa americana operava com perdas, influenciada pela fraqueza global da moeda americana e pela alta do minério de ferro que avançou 2,43% na sessão de hoje, cotado a 737 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 102,26, em Dailan, na China. Essa é a primeira vez desde o tarifaço dos Estados Unidos, no dia 2 de abril, que a commodity supera os US$ 100.
Os investidores repercutiram ainda os dados de volume de serviços no Brasil que vieram abaixo do esperado após subir 0,3% em março ante fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A expectativa era algo em torno de 0,4%. Já nos últimos 12 meses, houve um crescimento acumulado de 3%.
“A manutenção do nível de atividade do setor no campo positivo se deu essencialmente à presença de fatores sazonais na composição do indicador, com destaque para o efeito de alta provocado pelo feriado sobre o comportamento de grupos como o de serviços prestados às famílias (+1,5% MoM)”, diz Matheus Pizzani, economista da CM Capital. Os resultados operacionais do primeiro trimestre de 2025 da JBS (JBSS3), CVC (CVCB3), Nubank (ROXO34), Raízen (RAIZ4) também seguem no radar dos mercados.
No exterior, o foco ficou com as previsões de crescimento da demanda global por petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A organização estima um crescimento de 1,3 milhão de barris por dia (bpd) para 2025 e 2026, com consumo estimado em 105 milhões de bpd em 2025 e 106,28 milhões em 2026. O volume é puxado principalmente por países fora da OCDE. As negociações comerciais dos EUA com outros países também são acompanhadas de perto pelos investidores. No início da tarde, o governo americano anunciou que os EUA assinaram um conjunto de acordos econômicos e comerciais com o Catar que podem movimentar mais de US$ 1,2 trilhão.
Na sessão de terça-feira (13), o dólar à vista caiu 1,32%, encerrando o pregão a R$ 5,6087, o menor nível desde 14 de outubro. A depreciação refletiu a repercussão dos investidores com os dados de inflação norte-americano que vieram abaixo do esperado e os acordos comerciais dos EUA com a China e Arábia Saudita.