

A agência de classificação de risco Fitch afirmou os ratings (nota de crédito) da Eletrobras (ELET3; ELET6) e revisou a perspectiva dessas avaliações corporativas de “negativa” para “estável”.
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A agência de classificação de risco Fitch afirmou os ratings (nota de crédito) da Eletrobras (ELET3; ELET6) e revisou a perspectiva dessas avaliações corporativas de “negativa” para “estável”.
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O rating de inadimplência do emissor (Issuer Default Ratings – IDRs) de longo prazo em moedas estrangeira e local foi afirmado em “BB-“, enquanto o rating nacional de longo prazo foi definido em “AA(bra)”, tanto para a companhia quanto para a subsidiária Chesf e suas debêntures (títulos de dívida) locais. Por fim, o rating das notas seniores sem garantias da companhia foi afirmado em “BB-“.
Conforme a Fitch, a revisão da perspectiva para “estável” reflete o desempenho positivo da companhia de energia e a expectativa de aumento de geração de caixa, tendo em vista as vendas de energia descontratada a preços acima do previsto. “Isto deve permitir que a Eletrobras mantenha alavancagem condizente com os IDRs atuais”.
O balanço da companhia referente ao primeiro trimestre deste ano, divulgado na semana passada, mostrou um aumento das vendas de energia disponível para os próximos anos, a preços mais elevados.
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Durante teleconferência com analistas e investidores, realizada na ocasião, o vice-presidente financeiro da Eletrobras, Eduardo Haiama, afirmou que a empresa começou a acelerar para os próximos anos, em que os valores “estão mais justos”, fruto da dinâmica de preços que foi alterada a partir de março.
Neste contexto, a aposta para o primeiro trimestre foi fazer um “hedge (proteção para tentar diminuir os efeitos da volatilidade do mercado financeiro sobre seus ativos)”, que gerou potencialidade para os próximos trimestres e anos.
A Fitch afirma que os ratings da companhia consideram a “significativa e diversificada base de ativos da Eletrobras, que dilui riscos operacionais e regulatórios”. Segundo as projeções da agência de avaliação de risco, “o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) da Eletrobras crescerá e será beneficiado por sua forte liquidez e por um administrável cronograma de vencimento de dívida”. As projeções da instituição no cenário-base são de R$ 16,9 bilhões em 2025 e de R$ 20,6 bilhões em 2026.
Ainda conforme as projeções, a alavancagem financeira líquida ajustada da Eletrobras (ELET3; ELET6), incluindo garantias fora do balanço, deve variar de 3,5 a 4,0 vezes até 2028, sendo de 3,9 vezes em 2025 e 3,5 vezes em 2026, com alavancagem bruta em torno de 5,0 vezes, em média, no período. “A redução programada da indenização do segmento de transmissão — perda de R$ 6,5 bilhões anuais de receita a partir de julho de 2028 — criará desafios para novas reduções de alavancagem a partir de então”, acrescentou.
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