A Moody’s atribuiu o rating (nota de risco de crédito) AAA.br à proposta da 11ª emissão de debêntures (títulos de dívida) da Vale (VALE3), no valor de R$ 6 bilhões, anunciada na quinta-feira (22). A perspectiva é estável. Para a classificadora, o rating está em linha com Rating Corporativo da Vale, diante da visão consolidada do grupo.
A Moody’s entende que a proposta confere “flexibilidade financeira” à companhia, ao possibilitar que a mineradora siga com investimentos estratégicos em sua malha logística, que por sua vez traz estabilidade operacional e reforça a competitividade de seus produtos.
Proforma à emissão, segundo a Moody’s, a dívida bruta ajustada da companhia seria US$ 18,1 bilhões em março de 2025, quando comparado aos US$ 17,1 bilhões no período. “Diante do baixo aumento de seu endividamento, consideramos que a emissão não impacta de forma material as métricas de crédito”, acrescenta.
Para ela, o perfil de crédito da Vale reflete sua escala como uma das maiores mineradoras do mundo em minério de ferro e com atuação relevante em metais de transição energética (cobre e níquel). “Sua posição competitiva é extremamente forte, estando posicionada no começo da curva de custos do setor”, destaca a agência, considerando que o perfil da Vale também incorpora a diversificação geográfica de ativos, clientes e diferentes commodities.
“A robustez do modelo de negócios da Vale (VALE3) está refletida em suas métricas de crédito, com destaque para baixa alavancagem, elevada cobertura de juros e forte geração de caixa. Adicionalmente, a companhia mantém uma política financeira conservadora e proativa, com liquidez extremamente robusta”, conclui a Moody’s.