Atual composição do Ibovespa B3 BR+ foi lançada no início deste mês com 92 ativos. (Foto: Adobe Stock)
A B3, bolsa de valores brasileira, anunciou nesta segunda-feira (26) os ativos que devem compor o Ibovespa B3 BR+ a partir de setembro. O índice, lançado em agosto de 2024, combina as empresas participantes do Ibovespa com as empresas brasileiras listadas no exterior que tenham Brazilian Depositary Receipts (BDRs, título emitido no Brasil que representa uma ação de companhia aberta sediada no exterior) negociados no País.
A ideia é que o índice seja um indicador do desempenho médio das cotações dos ativos com maior negociabilidade e representatividade na Bolsa brasileira, incluindo ações, units (ativo que concentra duas ou mais ações de uma empresa negociadas em conjunto) e BDRs. Os candidatos para compor a nova carteira do Bovespa B3 BR+ são:
AFYA LTD (A2FY34);
INTER CO (INBR32);
MERCADOLIBRE (MELI34);
NU HOLDINGS (ROXO34);
PAGSEGURO (PAGS34);
STONE CO (STOC34);
VTEX (V2TX34);
XP INC (XPBR34).
“A partir dos ativos de empresas consideradas brasileiras, mas que são listadas nos Estados Unidos e que possuem BDRs negociados na B3, realizamos uma análise baseada nos critérios da metodologia do índice para selecionar os que estão aptos a entrar na carteira das empresas que movimentam a economia nacional. Esta lista dos BDRs elegíveis é válida para os próximos três rebalanceamentos”, comenta Ricardo Cavalheiro, superintendente de Índices da B3.
Quais ações listadas nos EUA podem entrar na carteira?
A atual composição do Ibovespa B3 BR+ foi lançada no início deste mês com 92 ativos, sendo 87 ações do Ibovespa B3 e cinco BDRs de empresas brasileiras: Nubank (ROXO34), Stone (STOC31), XP Investimentos (XPBR31), PagSeguro (PAGS34) e Inter (INBR32).
Para participar do índice, os ativos devem seguir os alguns critérios, como fazer parte da carteira do Ibovespa referente ao mesmo período do rebalanceamento. Já as BDRs de empresas brasileiras podem compor o índice desde que a listagem primária do ativo lastro do BDR seja feita nas bolsas de valores dos Estados Unidos e que atendam aos seguintes critérios:
Representar 85% do Índice de Negociabilidade, em ordem decrescente, que inclui ações/units e BDRs, no período de vigência das três carteiras anteriores. Para este cálculo, será considerada a liquidez integral do ativo no Brasil e um percentual de 50% da liquidez dos ativos lastro listados nos EUA;
Ter 95% de presença em pregão no período de vigência das três carteiras anteriores;
Ter participação maior ou igual a 0,1% de volume financeiro no mercado à vista, no período de vigência das três carteiras anteriores;
Não ser classificado como penny stock, ou seja, ter ações negociadas por valor superior a R$ 1 em mais de 30 pregões consecutivos.
Segundo a B3, o processo de revisão dos BDRs elegíveis é anual, sempre no mês de maio, e passa por uma análise de parâmetros como receita no Brasil, ativos, número de funcionários e escritórios localizados no País, além da história da empresa e o modelo de negócio.
Já o rebalanceamento realizado pelo Ibovespa B3 BR+ acontece, como nos demais índices, nos meses de janeiro, maio e setembro. A primeira prévia da composição da nova carteira será divulgada em 1º de agosto deste ano.