O dia foi positivo para ações de mineradoras e siderúrgicas, na esteira da alta do minério de ferro, que subiu 1,69% em Dalian, na China, onde fechou acima dos US$ 100 pela primeira vez desde 22 de maio. A commodity também subiu 2,52% em Cingapura, após onda de otimismo por conta de indicador positivo da economia chinesa.
O índice de gerentes de compras (PMI) industrial do país asiático subiu de 48,3 em maio para 50,4 em junho, segundo leitura da S&P Global em parceria com a Caixin. Analistas consultados pela FactSet esperavam uma alta menor, para 49,8. O resultado acima da marca de 50 pontos indica expansão da atividade.
Os papéis da Vale (VALE3) subiram 3,64% mesmo após a empresa reduzir suas projeções de pelotas de minério de ferro de 2025 entre 38 milhões de toneladas e 42 milhões de toneladas para 31 milhões de toneladas a 35 milhões de toneladas. As informações estão presentes em documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (2).
Quem também se saiu bem na B3 foi a Petrobras (PETR3;PETR4): as ações ordinárias da empresa (PETR3) avançaram 2,10%, enquanto as preferenciais (PETR4) registraram ganhos de 1,78%, com os contratos futuros de petróleo fechando em alta próxima de 3%.
Em Nova York, o dia foi misto, com S&P 500 e Nasdaq renovando recordes de fechamento, após subirem 0,47% e 0,94%, respectivamente. Dow Jones, por sua vez, cedeu 0,02%. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (2) que firmou um novo acordo comercial com o Vietnã que prevê tarifas de 20% sobre todos os produtos vietnamitas exportados aos EUA e de 40% sobre reexportações do país.
“A reação positiva do mercado parece ser mais uma resposta à redução da incerteza sobre o cenário tarifário – com dúvidas persistentes sobre prazos e tarifas finais – do que um otimismo pela magnitude da tarifa em si”, afirma Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad.
O dólar hoje fechou em queda de 0,75% a R$ 5,4202 no mercado doméstico de câmbio, no menor nível desde agosto de 2024 – veja nesta matéria o que provocou a baixa da moeda americana. O índice DXY, que mede o dólar em relação a seis divisas fortes, encerrou em desvalorização de 0,04% aos 96,776 pontos.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Bradespar (BRAP4).
CSN (CSNA3): 6,13%, R$ 7,97
As ações da CSN (CSNA3) lideraram as altas do Ibovespa hoje, disparando 6,13% a R$ 7,97, com o desempenho positivo do minério de ferro no exterior.
A CSNA3 está em alta de 7,12% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 10,05%.
Usiminas (USIM5): 5,37%, R$ 4,32
Quem também se saiu bem com a alta do minério foi a Usiminas (USIM5), que registrou valorização de 5,37% a R$ 4,32.
A USIM5 está em alta de 4,85% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 18,8%.
Bradespar (BRAP4): 3,71%, R$ 16,48
Para completar a lista de maiores ganhos, esteve ainda a Bradespar (BRAP4), que subiu 3,71% a R$ 16,48.
A BRAP4 está em alta de 4,97% no mês. No ano, acumula uma valorização de 4,9%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Assaí (ASAI3), Magazine Luiza (MGLU3) e SmartFit (SMFT3).
Assaí (ASAI3): -7,52%, R$ 10,08
As ações do Assaí (ASAI3) sofreram a pior queda do Ibovespa hoje e terminaram o pregão em desvalorização de 7,52% a R$ 10,08.
A ASAI3 está em baixa de 10,48% no mês. No ano, acumula uma valorização de 81,95%.
Magazine Luiza (MGLU3): -6,59%, R$ 9,07
Quem também sofreu foi o Magazine Luiza (MGLU3), que cedeu 6,59% a R$ 9,07. Empresas mais cíclicas, sensíveis aos ciclos econômicos, foram pressionadas no pregão pela alta dos juros futuros.
A MGLU3 está em baixa de 7,92% no mês. No ano, acumula uma valorização de 43,74%.
SmartFit (SMFT3): -6,06%, R$ 23,1
Outro destaque negativo do Ibovespa hoje foi a SmartFit (SMFT3). As ações da companhia recuaram 6,06%, terminando o dia cotadas a R$ 23,1.
A SMFT3 está em baixa de 7% no mês. No ano, acumula uma valorização de 36,93%.
*Com Estadão Conteúdo